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A estatística é uma ciência que não pode ser jamais despresada e precisa ser levada mais a sério pelos dirigentes que fazem o futebol no Pará. A história dos últimos 12 anos do futebol paraense revela essa verdade incontestável. Ao longo desse período, o nosso futebol vem tendo visíveis sinais dessa mudança, mas infelizmente os dirigentes de clubes da capital e parte da imprensa se negam em aceitar. Ora, isso é muito simples de perceber, basta ver as classificaçãoes finais dos times da capital e do interior no Parazão desde 2000 até 2011 e comparar. Quantas vezes Remo, Paysandu e Tuna fizeram uma final entre si ao longo desse período? Quantos clubes do interior conseguiram chegar numa decisão de títuloestadual, e até ser campeão, como o Independente de Tucuruí, em 2011, quebrando a hegemonia de mais de cem anos dos Titans Paysandu, Remo e Tuna? Se os times da capital quiserem continuar mantendo a tradição de antes e revesar títulos entre si, terão que trabalhar muito para mudar a mentalidade e quem sabe montar um plano de ação de longo prazo capaz de surtir o efeito desejado e dessa forma voltem a obter os resultados que a torcida tanto espera e merece.
Um bom exemplo disso tudo que estamos falando foi o fechamento das semifinais do primeiro turno do Parazão deste ano. O Paysandu, outrora o "Papa título do Norte", nem sequer chegou a se classificar para as semifinais do turno. Tuna Luso e Clube do Remo, com muitas ficuldades, classificaram-se para as semifinais contra Cametá e Águia de Marabá, respectivamente. Os times da capital até chegaram a fazer o dever de casa e venceram bem seus jogos de ida, em Belém. Em outros tempos, se isso acontecesse, provavelmente os times do interior não reverteriam esses resultados nos jogos de volta. Tudo indicava que a final seriam entre os Tuna e Remo mas o problema é que os tempos são outros e o que parecia improvável acabou acontecendo. No jogo de volta, no sábado, o Cametá venceu a Tuna por 3 a 0 e devolveu a goleada de 4 a 1 sofrida no primeiro jogo, em Belém. O Águia venceu, no domingo, o jogo de volta contra o Clube do Remo por 2 a 0, em Marabá, também devolvendo o placar anterior de 4 a 2 sofrido no primeiro jogo, em Belém. Como os dois times do interior haviam chegado nas semi finais com melhor pontuação que os time da capital, ambos tiveram a vantagem de jogar por dois resultados iguais nas semifinais. No final, Cametá e Águia de Marabá, ambos do interior, classificaram-se com louvor para fazer a final interiorana do primeiro turno do Parazão 2012.
Resumindo, o Paysandu se preparou mal e teve que ficar assistindo tudo das arquibancadas, enquanto que Tuna Luso e Clube do Remo pagaram caro por seus erros, deixaram de faturar uma boa grana e acabaram morrendo abraçados na beira da praia. Que esses acontecimentos sirvam de exemplo e motivem dirigentes, comissões técnicas, jogadores dos clubes da capital, e até mesmo parte da imprensa para terem mais humildade e realizarem um segundo turno com maior planejamento e objetividade.
Um bom exemplo disso tudo que estamos falando foi o fechamento das semifinais do primeiro turno do Parazão deste ano. O Paysandu, outrora o "Papa título do Norte", nem sequer chegou a se classificar para as semifinais do turno. Tuna Luso e Clube do Remo, com muitas ficuldades, classificaram-se para as semifinais contra Cametá e Águia de Marabá, respectivamente. Os times da capital até chegaram a fazer o dever de casa e venceram bem seus jogos de ida, em Belém. Em outros tempos, se isso acontecesse, provavelmente os times do interior não reverteriam esses resultados nos jogos de volta. Tudo indicava que a final seriam entre os Tuna e Remo mas o problema é que os tempos são outros e o que parecia improvável acabou acontecendo. No jogo de volta, no sábado, o Cametá venceu a Tuna por 3 a 0 e devolveu a goleada de 4 a 1 sofrida no primeiro jogo, em Belém. O Águia venceu, no domingo, o jogo de volta contra o Clube do Remo por 2 a 0, em Marabá, também devolvendo o placar anterior de 4 a 2 sofrido no primeiro jogo, em Belém. Como os dois times do interior haviam chegado nas semi finais com melhor pontuação que os time da capital, ambos tiveram a vantagem de jogar por dois resultados iguais nas semifinais. No final, Cametá e Águia de Marabá, ambos do interior, classificaram-se com louvor para fazer a final interiorana do primeiro turno do Parazão 2012.
Resumindo, o Paysandu se preparou mal e teve que ficar assistindo tudo das arquibancadas, enquanto que Tuna Luso e Clube do Remo pagaram caro por seus erros, deixaram de faturar uma boa grana e acabaram morrendo abraçados na beira da praia. Que esses acontecimentos sirvam de exemplo e motivem dirigentes, comissões técnicas, jogadores dos clubes da capital, e até mesmo parte da imprensa para terem mais humildade e realizarem um segundo turno com maior planejamento e objetividade.
Por outro lado, com a queda dos times da capital e subida gradativa dos times do interior, o futebol paraense ganhou por um lado e perdeu por outro, principalmente em qualidade. As categorias de base dos clubes da capital deixaram de receber o investimento necessário, principalmente na Tuna Luso que sempre investiu e descobriu diversos bons jogadores em suas categorias de base, revelando inclusive talentos para os times do Pará, do Brasil e até para a Seleção Brasileira.
Em nossa opinião, essa decadência teve início principalmente a partir da aplicação da Lei Pelé que de certa forma acabou tirando dos times formadores uma das maiores receitas de reposição para reinvestimento nas categorias de bases. Antigamente, os times gastavam um certo valor na formação de jovens atletas, e quando seus passes eram negociados, parte do valor recebido pelos clubes era o suficiente para reinvestir nas categorias de base e continuar formando jogadores. Hoje, essa fonte secou e a negociação dos jogadores foi manipulada por empresários do futebol, que não formam ninguém e só lucram milhões, beneficiando-se unilateralmente da carência que os clubes apresentam, pela pouca estrutura e quase nenhum patrocínio para direcionar às suas categorias de bases.
Em nossa opinião, essa decadência teve início principalmente a partir da aplicação da Lei Pelé que de certa forma acabou tirando dos times formadores uma das maiores receitas de reposição para reinvestimento nas categorias de bases. Antigamente, os times gastavam um certo valor na formação de jovens atletas, e quando seus passes eram negociados, parte do valor recebido pelos clubes era o suficiente para reinvestir nas categorias de base e continuar formando jogadores. Hoje, essa fonte secou e a negociação dos jogadores foi manipulada por empresários do futebol, que não formam ninguém e só lucram milhões, beneficiando-se unilateralmente da carência que os clubes apresentam, pela pouca estrutura e quase nenhum patrocínio para direcionar às suas categorias de bases.
O reflexo disso tudo recai sobre nosso futebol . Cada vez mais a precária estrutura de nossos tradicionais clubes piora. O futebol do Pará há muito perdeu sua força e seu status na região,. No cenário nacional nem se fala! Estamos com nossas, outrora, maiores forças do futebol paraense sem divisão nacional, ou no máximo na série C do brasileiro. Primeira divisão? isso é coisa do passado e não nos pertence mais. Com essa estrutura de futebol arcáica e sem qualquer planejamento que temos, certamente ficaremos muito tempo na fila e enxugando gelo.
Em nossa opinião, essa é a triste e cruel realidade do futebol paraense.
Em nossa opinião, essa é a triste e cruel realidade do futebol paraense.
Vejamos então as estatísticas:
Período de 2000 a 2011 (campeonato Paraense - 1ª Divisão)
Ano Campeão / Vice
2011 - Independente / Paysandu
2010 - Paysandu / Águia de Marabá
2009 - Paysandu / São Raimundo (Santarém)
2008 - Clube do Remo / Águia de Marabá
2007 - Clube do Remo / Tuna Luso
2006 - Paysandu / Ananindeua
2005 - Paysandu / Clube do Remo
2004 - Clube do Remo / Paysandu
2003 - Clube do Remo / Tuna Luso
2002 - Paysandu / Tuna Luso
2001 - Paysandu / Clube do Remo
2000 - Paysandu / Castanhal EC
TODOS OS CAMPEÕES DO CAMPEONATOS PARAENSE DESDE 1908:
1ª 1908 União Sportiva (Belém) Sport Pará (Belém)
1909 Não houve campeonato
2ª 1910 União Sportiva (Belém) Guarany (Belém)
1911-12 Não houve campeonato
3ª 1913 Remo (Belém) Norte Club (Belém)
4ª 1914 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
5ª 1915 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
6ª 1916 Remo (Belém)
7ª 1917 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
8ª 1918 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
9ª 1919 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
10ª 1920 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
11ª 1921 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
12ª 1922 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
13ª 1923 Paysandu (Belém) União Sportiva (Belém)
14ª 1924 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
15ª 1925 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
16ª 1926 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
17ª 1927 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
18ª 1928 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
19ª 1929 Paysandu (Belém) União Sportiva (Belém)
20ª 1930 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
21ª 1931 Paysandu (Belém) Luso Brasileiro (Belém)
22ª 1932 Paysandu (Belém) Guarany (Belém)
23ª 1933 Remo (Belém)
24ª 1934 Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém)
1935 Não houve campeonato
25ª 1936 Remo (Belém)
26ª 1937 Tuna Luso (Belém) Paysandu (Belém)
27ª 1938 Tuna Luso (Belém) Nacional (Belém)
28ª 1939 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
29ª 1940 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém)
30ª 1941 Tuna Luso (Belém) Paysandu (Belém)
31ª 1942 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
32ª 1943 Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém)
33ª 1944 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
34ª 1945 Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém)
1946 Não houve campeonato
35ª 1947 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
36ª 1948 Tuna Luso (Belém) Paysandu (Belém)
37ª 1949 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
38ª 1950 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém)
39ª 1951 Tuna Luso (Belém) Remo (Belém)
40ª 1952 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
41ª 1953 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém)
42ª 1954 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
43ª 1955 Tuna Luso (Belém) Paysandu (Belém)
44ª 1956 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
45ª 1957 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
46ª 1958 Tuna Luso (Belém) Remo (Belém)
47ª 1959 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
48ª 1960 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
49ª 1961 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
50ª 1962 Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém)
51ª 1963 Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém)
52ª 1964 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém)
53ª 1965 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
54ª 1966 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
55ª 1967 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
56ª 1968 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
57ª 1969 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
58ª 1970 Tuna Luso (Belém) Paysandu (Belém)
59ª 1971 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
60ª 1972 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
61ª 1973 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
62ª 1974 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
63ª 1975 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
64ª 1976 Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém)
65ª 1977 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
66ª 1978 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
67ª 1979 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
68ª 1980 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
69ª 1981 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
70ª 1982 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
71ª 1983 Tuna Luso (Belém) Remo (Belém)
72ª 1984 Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém)
73ª 1985 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
74ª 1986 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém)
75ª 1987 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
76ª 1988 Tuna Luso (Belém) Paysandu (Belém)
77ª 1989 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
78ª 1990 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
79ª 1991 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém)
80ª 1992 Paysandu (Belém) Remo (Belém)
81ª 1993 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
82ª 1994 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
83ª 1995 Remo (Belém) Paysandu (Belém)
84ª 1996 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém) Paysandu (Belém) Bragantino (Bragança)
85ª 1997 Remo (Belém) Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém) Bragantino (Bragança)
86ª 1998 Paysandu (Belém) Remo (Belém) Vênus (Abaetetuba) São Raimundo (Santarém)
87ª 1999 Remo (Belém) Paysandu (Belém) Castanhal (Castanhal) Tuna Luso (Belém)
88ª 2000 Paysandu (Belém) Castanhal (Castanhal) Tuna Luso (Belém) São Raimundo (Santarém)
89ª 2001 Paysandu (Belém) Remo (Belém) Tiradentes (Belém) Tuna Luso (Belém)
90ª 2002 Paysandu (Belém) Tuna Luso (Belém) Remo (Belém) Ananindeua (Ananindeua)
91ª 2003 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém) Paysandu (Belém) Águia de Marabá (Marabá)
92ª 2004 Remo (Belém) Paysandu (Belém) Castanhal (Castanhal) Ananindeua (Ananindeua)
93ª 2005 Paysandu (Belém) Remo (Belém) Abaeté (Abaetetuba) São Raimundo (Santarém)
94ª 2006 Paysandu (Belém) Ananindeua (Ananindeua) Remo (Belém) Castanhal (Castanhal)
95ª 2007 Remo (Belém) Tuna Luso (Belém) Ananindeua (Ananindeua) Paysandu (Belém)
96ª 2008 Remo (Belém) Águia de Marabá (Marabá) Paysandu (Belém) Ananindeua (Ananindeua)
97ª 2009 Paysandu (Belém) São Raimundo (Santarém) Remo (Belém) Águia de Marabá (Marabá)
98ª 2010 Paysandu (Belém) Águia de Marabá (Marabá) Remo (Belém) Independente (Tucuruí)
99ª 2011 Independente (Tucuruí) Paysandu (Belém) Remo (Belém) Cametá (Cametá)
100ª 2012 ?
Lembro que um deputado uma vez ia propor mudanças na Lei Pelé para compensar clubes formadores de jogadores. Mas depois não se falou mais a respeito, parece que o assunto morreu. Creio que uma grande fonte de receita da Tuna cessou. Considero que deveria sim haver algum tipo de compensação a clubes formadores de jogadores, pois o que está havendo de fato é um lucro enorme para certos empresários e em alguns casos para clubes mais poderosos do Brasil e do exterior que fazem parte da negociação dos jogadores. Márcio Rodrigues
ResponderExcluirIsso me lembra um pouco a chamada Lei Kandir em relação aos estados produtores de minério (claro que com as devidas diferenças). O que eu quero dizer que os clubes formam e pouco ganham. Os estados produzem minérios e também ganham pouco.
ResponderExcluirMárcio Rodrigues
sou paraense com muito orgulho e azulino de corpo e alma mas ta faltando respeito com o povo paraense com as autoridades a qual so querem ganhar e o resto que se dane !!!!!!!
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