Neste Domingo, 6, acontece a primeira regata do ano pelo Campeonato
Paraense de Regatas, promovido pela FEPAR. O evento acontecerá nas águas
da Baia do Guajará e a chegada dos barcos será na Estação das Docas.
Até o momento não vi o programa, mas pelo que soube através de amigos
remadores, a Tuna está inscrita em apenas um páreo dos 10 que serão
disputados, um Double pela categoria de Master, que a Águia não tem
tradição de disputar. A Guajará, recém inscrita na FEPAR, será a
novidade deste ano.
Foto divulgação.
Pelo que conversei com o diretor náutico, Fernando Amadeu, um dos
entusiastas do esporte náutico em nossa terra, além de também ser
árbitro de nível internacional, a Tuna participará para não ficar de
fora e com isso talvez ser prejudicada.
Na minha visão e opinião como torcedor da Tuna, não acho uma boa a Tuna
participar de apenas um páreo, ainda por cima ser Master e sendo o
próprio diretor náutico o remador. É desgastante para um clube com 113
anos e com uma história na Náutica de pelo menos 107 anos. É possível
que alguns adversários possam provocar torcedores cruzmaltinos tirando
graça com a situação, embora outros, os verdadeiros amantes do belo
esporte náutico, poderão lamentar a situação. Mas o certo é que os
torcedores, estes sim, vão sofrer e alguns, como este escriba, com
certeza não irão para a Regata temendo um sofrimento maior. Só digo que
uma regata sem a Tuna é triste. Com certeza desfigurada.
É importante que a diretoria da Tuna saiba -a meu ver, o Fernando Amadeu
tem conhecimento disso!- que Tuna, Remo e Paysandu, como fundadores da
Federação Paraense de Remo- FEPAR- não podem ser punidos por não
participarem de uma regata. Os três têm uma história nesse esporte e por
isso têm prioridade estatutária que lhes permite só remarem se
estiverem em condições técnicas e financeiras.
A Tuna, por sua vez, é sempre bom lembrar, o único clube dos três que
nunca fechou sua Garagem Náutica e se hoje está passando por um problema
de falta de atletas por vários motivos (sendo o principal o assédio
financeiro que Paysandu e Remo fazem com os jovens atletas
cruzmaltinos), tranquilamente pode voltar na segunda ou terceira regata
pra realmente competir.
Tive uma rápida conversa com o diretor náutico Fernando Amadeu e falei
para ele o que penso, como também para outro dirigente do Clube. Costumo
dizer -e não é da boca pra fora!- que a Tuna é maior do que qualquer
vaidade. Seja no Esporte Náutico, no Vôlei, no Basquete, na Natação, no
Futebol Feminino e no Futebol Profissional, os verdadeiros tunantes
estão -e estarão!- sempre prontos para ajudar. Mas a maneira tem que
ser discutida, valorizada, porque torcedor que participa, que está
presente na vida do clube, respeita a instituição, mas também tem que
ser respeitado.
Saudações Cruzmaltinas a todos!
Fonte: didascália