quinta-feira, 8 de julho de 2010

POESIA DE QUINTA

Pessoal,
Há alguns anos, aqui em São Luís, um movimento cultural de vanguarda tem a teimosia de continuar vivo: a Confraria do Aprendiz de Feiticeiro.
Para os que não são ou não moram na Ilha do Amor, cabe uma breve explanação: a Confraria do Aprendiz de Feiticeiro é uma reunião de pessoas amantes da cultura, sob todas as formas, que se encontram (em geral, uma vez por mês) para tocar boas músicas, declamar poesias, dançar, bater papo, filosofar, rir..., enfim, para curtir a "magia" da vida.
As reuniões são em locais variados: no apê do Confrade-mor, em locais públicos, na Praia da Guia ...O lugar não importa muito, o importante é rever os amigos, desfrutar bons momentos em excelentes companhias.
O idealizador e promotor cultural deste imprescindível movimento faz aniversário hoje: meu querido Gois Jr - músico, poeta, advogado, professor, blogueiro, agitador cultural... Um homem inteligente, bonito, delicado, sensível, meu Confrade-Mor!!!
Para ele dedico a Poesia de Quinta de hoje, com uma poesia do próprio, que eu adoro: "Por falar em Alice..."
Recomendo fortemente também a leitura do blog dele: Matraca Digital. O endereço segue abaixo:

http://matracadigital.blogspot.com/
Beijos enfeitiçados,
Deíla

E por falar em Alice…
José Caldas Gois Jr.

ALICE !
Como que caído do buraco do Coelho
Num mundo nonsense de uma
Alice de imaginação tão cheia
Sou todo estranho; aprecio ser espanto!
Pintor de quadros realistas
Fotógrafo de fotos surreais
Advogado artista
Aprendiz dos meus filhos
Mestre dos meus pais
Poeta lírico num tempo de poesia concretacético com pensamentos transcendentais
Romântico obsceno
Um adversário ameno,
Um amigo mordaz.
Mestre chapeleiro, não gosto de aniversários, desnecessários,
Comemoro a vida todos os dias!
Sempre apressado;
quem vê a vida da metade estatística dela vive essa síndrome do Coelho
Abre-se minha saia (se eu usasse uma)
E me vejo no espelho:
Onde eu subia, eu caio
Onde era azul, sou vermelho.
Como que caído no buraco do Espelho
Num mundo Alice de uma nonsense imaginação tão cheia
Sou todo espanto, aprecio ser estranho!

PS: A leitura excessiva destes textos pode ocasionar dependência cultural.

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