terça-feira, 19 de maio de 2009

Tudo começou na Tuna Luso Brasileira...


19/05/09 - 08h05


Paulo Henrique nos tempos em que jogava futsal na Tuna Luso, em Belém



Mãe do garoto santista adora quando Ganso joga a bola entre as pernas dos adversários: 'Esse é o meu Paulo Henrique', vibra

O meia Paulo Henrique, do Santos, ganhou destaque e a posição de titular absoluto do Peixe, durante o Paulistão, com passes rápidos, visão de jogo e habilidade com a perna esquerda. Essas qualidades fizeram o meia cair nas graças dos torcedores alvinegros. No entanto, se ele chegar em casa sem ter aplicado pelo menos uma “caneta” em algum adversário vai ter de ouvir as cobranças de sua maior fã: a mãe, Creusa Lima.

Fã número um do filho, dona Creusa cobra 'canetas' de Paulo Henrique.
Dona Creusa e Paulo Henrique no apartamento que eles moram em Santos. A mãe adora ver o filho dando suas 'canetinhas'

Desde que Paulo Henrique jogava futsal na Tuna Luso, do Pará, sua mãe delira quando ele enfia a bola por entre as pernas dos adversários.

- Adoro quando ele dá uma canetada. Quando ele fazia isso no salão, eu já gritava: ‘Esse é o meu Paulo Henrique’ - conta.
A corujice da mãe não incomoda o jogador, que recebeu o GLOBOESPORTE.COM em sua casa para mostrar como é a sua vida fora dos gramados. Nascido em Ananindeua, cidade que fica na região da Grande Belém, Paulo Henrique, chegou à Vila Belmiro em 2005. Como ainda era menor, trouxe a mãe. Graças a ela, suportou a barra dos primeiros meses em uma nova cidade.

- Eu tinha 15 para 16 anos e seria difícil ficar aqui sozinho. Minha mãe veio e facilitou tudo. Eu sou muito grato aos meus pais. Meu pai ficou no Pará no início, mas sempre vinha me visitar. Eles são responsáveis por, hoje, eu ser titular do Santos - afirma Paulo, filho caçula de Creusa e Júlio Lima, que têm outros três filhos. Atualmente, Júlio Lima mora em Santos.
Em Santos, Paulo acabou virando o Ganso, apelido que ganhou do roupeiro Otávio, da equipe sub-20.

- Ela chamava tudo mundo de ganso. Toda vez que chegava uma turma nova para fazer testes, ele dizia: lá vem aquele monte de gansos de novo. Só que eu assumi o apelido. Quando marcava um gol, eu corria até ele e gritava: ‘Eu sou um ganso mesmo!’.

Paulo começou a chamar a atenção de técnicos e professores de Educação Física jogando futsal em Belém, aos sete anos. Aos 15, os pais perceberam que ele poderia se tornar um profissional. Só que, por enquanto, nas quadras. Ele recebeu propostas para jogar no Jaraguá do Sul e no Minas Tênis Clube. No entanto, o garoto estava decidido a calçar chuteiras, não tênis.

- Eu comecei no salão, mas, aos poucos, comecei a me interessar pelo futebol de campo. Tanto que comecei a revezar. Antes de vir para o Santos, já estava decidido a só jogar campo - diz.

Paulo Henrique chegou ao Peixe, em agosto de 2005, trazido pelas mãos de Giovanni, ídolo alvinegro, que brilhou no Brasileirão 1995. Os dois são conterrâneos, mas, ao contrário do que muitos pensam, o craque, que encerrou sua carreira neste ano, nunca havia visto Ganso jogar. Indicou o garoto ao Peixe no escuro.

- Eu só vim conhecer o Giovanni aqui em Santos. Ele é amigo de um professor de Educação Física que eu tive no Segundo Grau, o Márcio. Ele falou para o Giovanni que eu sabia jogar e pediu uma força. Eu fiz o teste no Santos, ainda no Juvenil, e acabei aprovado – lembra.

Presente
Paulo Henrique minimiza briga com Fábio Costa e diz que já estão em paz
No Santos, Paulo Henrique começou a chamar a atenção no ano passado, durante a Taça São Paulo de Futebol Júnior. Chegou a treinar no time principal, mas não deu sequência. Voltou para a base até ser resgatado no início deste ano. Com a chegada de Vagner Mancini, foi fixado entre os titulares.

- Sinceramente, eu não esperava conseguir isso tão rápido. Achei que iria demorar mais um pouco. Quando eu subi, o time já tinha o Molina e o Lucio Flavio, que são grandes jogadores e têm muito mais experiência que eu. Graças a Deus, consegui aproveitar as chances que tive, mas sei que ainda tenho muito a aprender - admite.

Futuro
Paulo Henrique tem contrato com o Peixe até 22 de janeiro de 2013, mas não sabe até quando ficará no clube. Ele sabe que, muito provavelmente, não deverá permanecer até o fim de seu vínculo. O Santos, como todo clube brasileiro, depende de venda de jogadores para se manter de pé. Por isso, planeja um futuro europeu.

- Claro que eu tenho o sonho de jogar na Europa e mostrar meu futebol para o mundo inteiro. Mas deixo as coisas acontecerem naturalmente. Sou novo e ainda tenho muito a provar.

fonte:
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Brasileirao/Serie_A/0,,MUL1158602-9827,00-FA+NUMERO+UM+DO+FILHO+DONA+CREUSA+COBRA+CANETAS+DE+PAULO+HENRIQUE.html


Site do Santos FC

2 comentários:

  1. Von a Historia do Petrobras e' bonita, agora essa descoberta bamburrou algum para a Tuna?? duvido muito disso e tampouco havera explicacoes para tal.
    Talvez somente o Mane maria saiba.

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  2. Acho que o "Mané" nisso tudo é a gente!!! rsrsrs

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