Eles descobriram na prática do remo uma atividade que une disciplina, bem-estar e contato pleno com a natureza, e hoje desfrutam de uma vida mais saudável e cheia de energia
Para a empresária Gilmara Andrade de Castro, 37 anos, remar nas águas da Baia do Guajará é uma espécie de válvula de escape para aliviar os problemas enfrentados durante a semana. Seu gosto por esportes vem desde a adolescência quando, aos 12 anos, começou a praticar vôlei e, mais tarde, passou para ciclismo, pedalando 20km, quase todos os dias, além das atividades na academia. Em meados do ano passado ela, através de um amigo, teve conhecimento da prática do remo e foi 'paixão a primeira remada'.
Criada na fazenda de seus pais, Gilmara diz que tem no remo a mesma sensação de liberdade que sentia durante a infância, além do contato com a natureza que, para ela, é essencial e fonte de renovação das energias. 'Não tenho a mínima preguiça de acordar às 5 da manhã para ir remar, pode até estar chovendo. Na academia era diferente, às vezes eu ‘empacava’, apesar de ter personal', confessa.
Outra vantagem no esporte observada pela empresária foi sentida no corpo e nas roupas. Há pouco mais de 6 meses no esporte, ela diz que a cada treino a queima de calorias é grande e com isso já reduziu algumas medidas. Ela resume que conseguiu juntar o essencial ao prazer.
Quem também apostou na prática das remadas como uma forma de extravasar a adrenalina e seguir um esporte que lhe desse prazer foi o estudante Mattheus Duarte da Veiga Jardim, de 16 anos, mais conhecido pelos amigos como Goiano.
Desde pequeno ele sempre gostou de práticas esportivas e chegava a deixar os pais malucos, pois a cada semana queria uma coisa diferente e, em alguns momentos, diz ter ficado frustrado por achar que não se identificava com nenhum esporte. Ele já havia tentado natação, skate e jiu-jitsu, esporte fundamental em sua formação devido aos conhecimentos de respeito e amizade. Mas foi no remo que se identificou mais. 'Hoje consegui juntar todas as minhas expectativas pelo conjunto de força, técnica, concentração e por ser prazeroso esquecer de tudo quando estou remando', afirma o rapaz.
Quando mudou para o Pará, em julho de 2008, o pai do estudante que tinha vontade de se tornar um remador profissional, começou a procurar um local onde o filho pudesse praticar, mas não foi nada fácil. Mattheus diz que o remo ainda é desconhecido do público pela falta de maior divulgação deste tipo de esporte na cidade.
O adolescente conta que, depois de 2 meses praticando, conheceu José Wildemar Paiva de Assis, o popular Lindão, que com seu jeito rígido, mas ao mesmo tempo amoroso, comprometido e preocupado em repassar seus conhecimentos, o fizeram gostar cada vez mais desse esporte náutico. 'O que também mais me chamou atenção foi o rio. Por incrível que pareça, eu comecei a remar, simplesmente pelo fato de querer conhecer mais essa natureza maravilhosa', conta.
O professor de educação física, com especialização em medicina esportiva e mestrando em Motricidade Humana, Lindão, de 52 anos, se dedica ao remo há exatos 33 anos e diz que não há restrições para quem quer começar esta modalidade. 'De 10 aos 80 anos, tendo determinação e força de vontade, pode participar', resume alertando em tom de ironia, que também é preciso saber nadar.
Com a experiência de anos, o técnico agora está empenhado nos treinos de sua equipe de 25 atletas que vão participar de uma regata hoje. Para isso, os treinos foram diários, inclusive aos domingos, chegando há durar 3 horas.
Gilmara ainda não vai participar desta competição, mas diz que a equipe toda está bem centrada 'Sabe aquela sede de ganhar? É contagiante', conta. Entusiasmado e ansioso para cair na água e conquistar a medalha está Mattheus que vem treinando e seguindo a risca os conselhos do técnico. Ele vai estar em uma guarnição acompanhado de Maciel (voga), Patrick (sota-proa) e William (proa), na modalidade 4x4. 'Antes de tudo, o que vale é competir e a vitória de um, é a vitoria de todos. Nos preparamos muito bem, trabalhamos sério e fizemos o nosso dever de casa, o resultado é conseqüência', fala o atleta
fonte: Troppo - Edição 19 de Abril de 2009
mattheus veiga jardim e muito dedicado ao esporte pois levanta todos os dias as 4 da manha para remar e ainda participa de todas as aulas no colegio nazareth onde faz 2 grau.
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