Grêmio Literário e Recreativo Português de Belém
Data de Fundação: 29 de Setembro de 1867
Os portugueses do Brasil, poucos anos depois da Independência, deram início a uma obra associativa que não tem paralelo no mundo. Ainda na primeira metade do século XIX surgiram os primeiros "Gabinetes de Leitura" e as primeiras "Beneficências" - aqueles voltados para a instrução de seus associados e estas, para a assistência e a ajuda aos atingidos pela doença, aos velhos sem amparo, às famílias desprotegidas, à pobreza silenciosa.
Mais tarde, surgem os "Liceus" e as Sociedades de Socorros Mútuos, os "Grêmios" e os clubes, as associações cívicas, que se multiplicaram sob a égide de Vasco da Gama e de Luís de Camões, cujos centenários o mundo lusíada celebrou, no crepúsculo do século passado.
No Pará, onde vivia uma comunidade portuguesa das maiores e das mais importantes de todo o país, que além da sua pujança econômica era marcada pelo espírito empreendedor de homens de grande visão do futuro, também desde cedo foram criadas instituições que se propunham, nas suas diversas áreas, atender às aspirações e necessidades da "colônia".
Assim, em 1854, é fundada a "Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente", graças à inspiração de Francisco Medeiros Branco, e, em 1867, precisamente 30 anos depois de ser criado no Rio de Janeiro o Gabinete Português de Leitura, também se juntam no prédio da "Sociedade Beneficente", localizado no antigo Largo das Mercês, algumas dezenas de compatriotas com o objetivo de fundar uma instituição de caráter cultural. Na sua gênese, ela iria chamar-se "Gabinete Português de Leitura", conforme a convocatória publicada no "Diário do Grão Pará", mas, querendo um nome "mais pomposo", nos Estatutos sancionados pelo governador provincial a denominação registrada é de Grêmio Literário Português, conforme nos ensina Eugênio Leitão de Brito, no seu cuidadoso trabalho sobre o historial da instituição. O nome é o que menos importa, pois a idéia era a mesma e os objetivos também.
Os portugueses do Brasil, talvez inspirados nas "boutiques à lire", que começaram a aparecer logo após a Revolução de 1789, resolveram criar um tipo de instituição onde os sócios pudessem, através da leitura, melhorar o seu conhecimento e o nível da sua instrução. Entretanto e ao contrário das "boutiques" francesas, que emprestavam os livros mediante o pagamento de uma certa quantia, os "Gabinetes de Leitura", no Brasil, não tinham esse aspecto mercantil - e ofereciam as obras de sua biblioteca sem nenhuma paga.
Da mesma forma e ao contrário dos "gabinetes de leitura" de caráter ideológico (no interior de S. Paulo houve vários ligados à maçonaria) os nossos tinham no seu cerne a difusão da cultura e a valorização dos legados espirituais de um povo. Foi essa filosofia a implantada no "Grêmio", que se tornou rapidamente num espaço cultural e cívico, num centro de ensino voltado para os cursos comerciais, numa matriz da "Universidade Livre do Pará".
A sua história, ao longo de sucessivas gerações, não difere muito da história de entidades congêneres: é o sonho e o ideal, primeiro; as aquisições do patrimônio; o enriquecimento do acervo bibliográfico a presença de intelectuais de estirpe; os rasgos de coragem de seus dirigentes, o exemplo fantástico dos Homens que souberam vencer desafios e transpor dificuldades; a doação e a entrega; a devoção pelo Brasil e por Portugal; a solidariedade e a partilha com tudo aquilo que dignificou a comunidade portuguesa do Brasil.
Quando se repassa a História do "Grêmio", seguindo a sua trajetória e evocando os Homens que no passado e no presente lhe deram a dimensão e a grandeza que tem, sentimos não apenas justificado orgulho por tudo, mas também, a necessidade de dizer do nosso reconhecimento aos que, na Amazônia exuberante e fantástica, souberam e sabem manter o coração de Portugal - é o "Grêmio". Por: A. Gomes da Costa
http://www.instituto-camoes.pt/estudos/gremiobelem.htm
O primeiro presidente do Grêmio Literário foi o Comandante das Armas da Província do Pará, Joaquim Raimundo Samaro, que registrou o estatuto da sociedade sob a denominação de Grêmio Literário Português. Alguns anos depois passou a chamar-se Grêmio Literário e Recreativo Português.
A primeira sede foi instalada na Rua de Belém, no Centro Comercial, organizada a primeira biblioteca sob a orientação do associado João da Silva Leite. Na nova sede, localizada na Rodovia Augusto Montenegro, o Grêmio passou a dedicar maior atenção a atividades culturais, organizando e desenvolvendo a sua biblioteca, que atualmente possui cerca de 40 mil volumes, entre elas a obra de Camilo Castelo Branco. "O Grêmio Literário tem contribuído de maneira decisiva para a aproximação entre portugueses e brasileiros, fomentando o mais salutar convívio e promovendo o engrandecimento da comunidade Luso-Brasileira, homenageando os grandes acontecimentos da história da pátria", afirma Carlos Bordalo.
Hoje, o quadro de associados chega a 1200 sócios. No período natalino o Grêmio transforma-se em Vila Encantada, reconhecidamente um dos maiores parques temáticos da região, recebendo a visita de mais de 200 mil visitantes. Por: Carlos Bordalo
TUNA LUSO BRASILEIRA
A Tuna Luso foi fundada no dia 1º de janeiro de 1903, por vinte e um portugueses, radicados em Belém, com o objetivo de difundir e perpetuar a cultura musical portuguesa. Foi inicialmente chamada de Tuna Luso Caixeiral, pelos seus fundadores portugueses, que tinham como ocupação vendedores viajantes (caixeiros). Posteriormente, em 1926, foi denominada de Tuna Luso Comercial e por fim, em 1968, como Tuna Luso Brasileira.
Sua primeira conquista foi em 5 de outubro de 1915, na partida contra o Grêmio Luzitanio, para os festejos da data, na colônia portuguesa. Em 1937, a Tuna Luso conquista o primeiro campeonato paraense de forma invícta. O time base era: Licínio, Setenta, Cinco, Aldomário, Pellado, Setenta e Sete, Lulu, Conega, Jango, Pitota e Patesko.
Um grande momento para a Tuna Luso foi a década de 80, quando, além de dois campeonatos estaduais (1983 e 1988), sagrou-se campeã do Brasileiro da Segunda Divisão, em 1985. Desde 1988, a equipe não adicionou mais nenhum título estadual à sua coleção de troféus - nesse período, foi vice-campeã em cinco ocasiões, acumulando assim dez campeonatos e 18 vice-campeonatos paraenses, e confirmando ser um dos grandes do futebol estadual. Além disso, em 1992, conseguiu outro importante título nacional, o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão. Mais recentemente, na Série C do Brasileiro de 2006, terminou na 11º posição.
No Paraense de 2007, a Tuna Luso venceu o primeiro turno, mas foi derrotada pelo Clube do Remo nas finais do campeonato, sagrando-se vice-campeã e credenciando-se a participar da Série C 2007.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuna_Luso_Brasileira
Chegou a hora da reciprocidade! Os portugueses mais antigos, assim como seus descendente e os brasileiro com um pouco mais de vida e experiência, ligados no clube, sabem do que estamos falando. Outra coisa, a Tuna e o Grêmio não são clubes exclusivos de portugeses mas, como o nome bem diz, LUSO-BRASILEIRO. A grande maioria dos sócios do Grêmio são torcedores da Tuna e muitos sócios da Tuna são também sócios do Grêmio. O atual presidente do Grêmio, por exemplo, já foi presidente da Tuna. Pode ser a semente de um renascimento e de uma reaproximação de sucesso.
Se apenas 1/4 (cerca de 2.000) dos milhares de sócios da Tuna voltarem a frequentar e pagar suas mensalidades (atualmente no valor de R$50,00) certamente os bons tempos da Elite do Norte voltarão. A atual diretoria, que tem como presidente administrativo o Sr. Marcos Moraes, vem se empenhando para sanear as dívidas deixadas por administrações passadas e ajustar as atuais necessidades do clube, que são grandes. O atual vice-presidente social da Tuna, Sr. Salatiel Campos, é dinâmico e homem de visão, com muita experiência no ramo mas precisa de apoio e de um bom departamento de marketing para poder divulgar com sucesso os eventos do clube.
A ATAT (Associação Torcedores e Amigos da Tuna) é uma entidade independente, registrada em cartório, com estatuto aprovado em assembléia e sem fins lucrativos. Sediada na cidade de Belém, a ATAT foi fundada em 15 de maio de 2006 com o objetivo de apoiar a Tuna Luso Brasileira nas áreas financeira e patrimonial, através de contribuições dos torcedores associados. O seu atual presidente da ATAT é o Sr. João Evangelista F. de Araújo e o vice-presidente é o Sr. Antonio Fernandes M. Gouveia.
Se você é torcedor, simpatizante ou sócio da Tuna mas está afastado das atividades sociais do clube por algum tempo, não espere mais e venha fazer uma visita na secretaria da Tuna para ver como é fácil regularizar sua situação. Converse com um dos colaboradores que atendem no clube e participe da reconstrução da Tuna. Ajude o seu clube do coração a se reerguer.
É só olhar o tamanho das áreas social e esportiva que pertencem a Grêmio e Tuna para termos uma idéia da imensa importância para a sociedade paraense. Vamos participar das atividades de nossos clubes, somando idéias e compartilhando virtudes para podermos comemorar mais cem anos juntos.
Força e unidade amigos pois não basta ser pai, tem que participar!
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