segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Copa do Brasil: Tuna 0 x 0 Coritiba








Visão de casa

Quem imaginava que a Tuna Luso daria adeus à Copa do Brasil no jogo de ontem à noite, contra o Coritiba-PR, caiu do cavalo. A Lusa não obteve uma vitória, mas garantiu o empate sem gols, o que deu ao time paraense o direito de decidir a classificação no jogo de volta, dia 27, no estádio Couto Pereira, em Curitiba.
Para chegar à próxima etapa da competição, a Águia terá de vencer ou mesmo arrancar um empate com gols. Um novo empate em 0 a 0 levará a decisão para os pênaltis. O time classificado pegará, na segunda fase, o vencedor de Maranhão e São Caetano-SP.
Como já era esperado, o público não compareceu ao Mangueirão. Apenas 1.125 torcedores pagaram ingressos. Prejuízo certo para a diretoria tunante, que só de aluguel de estádio terá de pagar R$ 10 mil.
O Coritiba começou a partida tomando a iniciativa do ataque. A Lusa se fechava, evitando de todas as formas as investidas do adversário. Mas o time paranaense precisou de criatividade em seu setor de meio-campo que desse velocidade ao ataque.
Apesar da disposição de ambos os lados, os goleiros apenas assistiam ao jogo no primeiro tempo. A partida ficou restrita ao setor de intermediária, com os times mostrando muita correria e pouco futebol.
Apesar de superior, a Águia do Souza levou um susto em lançamento para Henrique Dias. O goleiro Jackson se antecipou e evitou o gol.
A resposta tunante veio em lances concluídos por Marcelinho, após passe de Zé Augusto, e Fabinho, que em chute colocado quase abre o placar. O goleiro Édson Bastos, com a ponta dos dedos, afastou o perigo.
O Coritiba sentiu a pressão da Tuna, que quase marca aos 34 minutos. Jackson cobrou falta e a bola explodiu no travessão.
Goleiro tunante garante que deu a volta por cima e chora
O goleiro Jackson Souza, da Tuna, deixou o gramado do Mangueirão, ontem à noite, após a partida contra o Coritiba, chorando. Ele chegou a pensar em encerrar a carreira depois de passar por necessidades em seu ex-clube, o Remo.
"Lá no Baenão cheguei a passar fome. Fui incentivado a deixar de jogar futebol e procurar uma outra profissão. Mas decidi continuar apostando no meu potencial e hoje (ontem) pude ajudar a Tuna nesta partida", declarou o arqueiro, que não chegou a ser muito exigido pelo ataque adversário.
Contidas as lágrimas, Jackson avaliou a possibilidade de a Lusa chegar à segunda fase da Copa do Brasil no jogo de volta, em Curitiba, dia 27. "Acho que temos todas as condições de chegar lá e desbancar o Coritiba. Claro que vamos precisar jogar futebol, já que na casa deles vamos ter a pressão da torcida", observou o goleiro.
Enquanto Jackson era só choro, o técnico Carlos Lucena, para não fugir a regra, abriu mais uma vez o 'bocão', criticando aqueles que não apostavam no futebol tunante. 'Ouvi muita gente dizendo que nosso time seria eliminado logo nesse primeiro jogo. São pessoas que só pensam no pior para o nosso futebol, mas a nossa equipe foi guerreira e mostrou que não se vence de véspera e nem com nome. É preciso ter futebol', desabafou.
FICHA TÉCNICA DO JOGO
Tuna Luso: Jackson Souza; Hugo Deleon, João Gomes, Alex Rava e Johnny; Wilson, Jackson, Pelezinho e Marcelinho (Japonês); Índio (Zé Augusto) e Róbson (Fabinho). Técnico: Carlos Lucena.
Coritiba: Édson Bastos; Jeci Mauro, Maurício, Nenê e Pedro Ken; Veiga, Douglas Silva (Leandro), Henrique Dias (Renatinho) e Marlos; Rubens Cardoso e Léo (Matheus). Técnico: Dorival Júnior.
Local: Mangueirão
Renda: R$ 6.810,00
Público: 1.125 pagantes
Árbitro: Washington Alves de Souza (AM).
Cartões amarelos: Hugo Deleon, Alex Rava, Johnny e Wilson (Tuna Luso); Jeci Mauro, Maurício, Pedro Ken, Leandro e Rubens Cardoso (Coritiba).
(Fonte: Amazônia Hoje – 14/02/2008)

Opinião deles

Não foi a estréia dos sonhos, mas poderia ter sido pior. O Coritiba iniciou a sua caminhada na Copa do Brasil 2008 com um empate sem gols com a Tuna Luso-PA em Belém. Em um jogo no qual a torcida local não foi ao Estádio Mangueirão, o bom futebol também esteve ausente, e em alguns breves lampejos, o Verdão até poderia ter conseguido a vitória. Pelo menos por um gol.
Entretanto, os visitantes não conseguiram empurrar a bola para dentro do gol nas poucas chances criadas, sobretudo no primeiro tempo. As chances de conseguir vencer e eliminar a partida de volta em Curitiba ficaram ainda mais distantes no segundo tempo, quando a Tuna Luso cresceu no jogo, deixou de só se defender, e fez o goleiro Édson Bastos trabalhar, com direito a bola na trave.
Tuna Luso cresce e complica a partida
Sem se impressionar com o futebol mostrado pelo Coritiba, o técnico Carlos Lucena, da Tuna Luso, colocou a sua equipe no ataque no segundo tempo. É verdade que os primeiros 10 minutos foram todos do Verdão, mas depois disso os paraenses cresceram no jogo e equilibraram as ações.
Quando os donos da casa chegavam ao ataque e faziam o goleiro Édson Bastos trabalhar, o gol não saia e o Coxa logo partia para o contra-ataque, assustando o arqueiro Jackson Souza. Essa foi a dinâmica do segundo tempo em sua maior parte. A melhor chance da Tuna Luso veio aos 33 minutos, quando Jackson Braga cobrou falta e mandou uma bomba. A bola explodiu na trave.
Já o Alviverde teve uma única oportunidade mais clara de vencer já nos acréscimos, quando Pedro Ken bateu de dentro da área, e o goleiro da Tuna Luso fez uma grande defesa. Foi pouco, assim como o público: 1.199 pessoas presentes.
(Fonte: Gazeta do Povo)

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