Mauricio Duarte, do R7
Quando se vai ao estádio da Rua Javari, na Mooca, zona Leste de
São Paulo, fica fácil de entender por que dizem que o Juventus é um time que
tem um bairro. Diferentes gerações de moradores se encontram nas
arquibancadas para cumprir um ritual tão antigo quanto as próprias raízes
operárias da equipe: torcer por um time de futebol. Nesta sexta-feira (20), o clube
grená completa 88 anos de vida com uma realidade que não mais condiz com sua mística
de Moleque Travesso, aquele que sempre
aprontou com os grandes da capital.
Atualmente, o Juventus está disputando a fase final da Série A3 do ampeonato
Paulista e sonha com o acesso. À margem das transações milionárias e
do agressivo marketing esportivo, o clube tenta se manter fiel a suas tradições
e ainda retomar seu posto de time mais charmoso da elite paulistana
do futebol. O presidente Rodolfo Cetertick disse aoR7 que
a intenção é atingir essa meta até 2013.
- A dificuldade é grande para atrair patrocínio, porque a Série A3 não tem a
mídia necessária para fazer o retorno do patrocinador. Estamos com muitas
propostas para o caso de subirmos, um bom número de empresas que querem
colocar o nome na camisa. Mas vai depender de conseguir o acesso.
Este ano a diretoria estipulou como teto uma verba de R$ 180 mil para atletas e
comissão técnica Luiz Carlos Ferreira, conhecido como o “Rei do acesso”,
foi contratado como técnico.
A maior parte do dinheiro, contudo, não precisou ser utilizada, de acordo
com Cetertick, pois o elenco foi enxugado e será mantido para a próxima
temporada, assim como o treinador.
Por sua vez, a visão dos torcedores sobre a situação do clube ao completar 88
anos é mais sombria. Guilherme Minchillo Conde, mais conhecido nas
arquibancadas da Javari apenas como Guizão, é um torcedor-símbolo do
Juventus e mantém um blog informativo que acompanha todas os passos
da equipe, relatos de jogos, gols etc. Para ele, o descaso fez o clube
despencar.
- O Juventus completará seus 88 anos no pior momento já vivido em toda a sua
história, com o time disputando a A3 após quatro anos de pura incompetência
administrativa que derrubaram um time que em 2008 disputava a primeira
divisão. Felizmente este ano estamos na briga para subir e, pelo que
a equipe vem jogando nas últimas rodadas, acredito que tenha condições.
Especulação imobiliária
O Juventus sofre constantemente com a especulação imobiliária. O estádio da Rua
Javari é sonho de consumo de diversas construtoras, que tencionam levantar
prédios na região, cada vez mais valorizada. Os valores oferecidos são
astronômicos e dizem chegar aos R$ 100 milhões.
Cetertick garante que vender o patrimônio está fora de cogitação, mesmo que o
time jamais volta para a elite do futebol.
- A gente sempre ouve falar que tem bastante gente interessada. Mas a nossa ideia é aumentar, não vender parte do clube. Se eu pudesse ter o dinheiro para comprar tudo em volta da Javari, eu comprava. Vender, nunca. Estamos até fazendo algumas reformas lá.
Entre as melhorias planejadas para o estádio, está a iluminação. Um dos “charmes” da Javari, além do placar manual, é a falta de refletores, o que faz com que só sejam disputados jogos durante a tarde. O presidente afirmou que já existe um projeto com a planta elétrica que deve sair da gaveta no ano que vem, assim que passar pela aprovação do conselho.
Guizão é muito claro ao falar sobre a importância do estádio para os torcedores, que vai além do futebol. A construção é um patrimônio do bairro e acabou se tornando um ponto turístico – é normal encontrar turistas estrangeiros por lá tirando fotos em dias de jogos.
- Seria uma estupidez sem tamanho o Juventus se desfazer da Javari, pela quantia que for, pois a partir do momento em que o estádio acabar a mística juventina caba junto. Juventus e Javari estão ligados por um cordão umbilical que jamais pode ser rompido, mas infelizmente sabemos que nem todos pensam assim.
O time grená está em terceiro lugar no Grupo 3 da fase semifinal da A3 do Paulista, com dois pontos ganhos. A próxima partida será contra o Marília, fora de casa. Para conseguir o acesso, o Juventus precisa ficar entre os dois primeiros colocados do grupo, que conta com quatro equipes.
- A gente sempre ouve falar que tem bastante gente interessada. Mas a nossa ideia é aumentar, não vender parte do clube. Se eu pudesse ter o dinheiro para comprar tudo em volta da Javari, eu comprava. Vender, nunca. Estamos até fazendo algumas reformas lá.
Entre as melhorias planejadas para o estádio, está a iluminação. Um dos “charmes” da Javari, além do placar manual, é a falta de refletores, o que faz com que só sejam disputados jogos durante a tarde. O presidente afirmou que já existe um projeto com a planta elétrica que deve sair da gaveta no ano que vem, assim que passar pela aprovação do conselho.
Guizão é muito claro ao falar sobre a importância do estádio para os torcedores, que vai além do futebol. A construção é um patrimônio do bairro e acabou se tornando um ponto turístico – é normal encontrar turistas estrangeiros por lá tirando fotos em dias de jogos.
- Seria uma estupidez sem tamanho o Juventus se desfazer da Javari, pela quantia que for, pois a partir do momento em que o estádio acabar a mística juventina caba junto. Juventus e Javari estão ligados por um cordão umbilical que jamais pode ser rompido, mas infelizmente sabemos que nem todos pensam assim.
O time grená está em terceiro lugar no Grupo 3 da fase semifinal da A3 do Paulista, com dois pontos ganhos. A próxima partida será contra o Marília, fora de casa. Para conseguir o acesso, o Juventus precisa ficar entre os dois primeiros colocados do grupo, que conta com quatro equipes.
Nota do blog:
Atualmente o Juventus de São Paulo encontra-se disputando a série A2 do Campeonato Paulista 2013.
fonte: portal R7 - publicado em 20/04/2012. Saiba mais sobre o Juventus-SP http://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_Atl%C3%A9tico_Juventus
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