domingo, 3 de junho de 2012

Um pouco de história da Tuna Luso

Tuna 2x2 Flamengo

Em março de 1950, o Clube de Regatas Flamengo passou por Belém para uma série de três jogos amistosos com os grandes da capital. A visita foi patrocinada pelo Clube do Remo. O primeiro jogo aconteceu no dia 19 de março contra o Paysandu, que perdeu por 3x2. A Tuna empatou em 2x2 com o time carioca. E o Remo foi derrotado por 2x0 no dia 26 de março.  
Aí está o poderoso trio final do Flamengo - Garcia, o famoso goleiro paraguaio,
entre Newton e Job.
 
Assim foi o jogo contra os cruzmaltinos:

“Há uma coincidência, no futebol paraense, que por tantas vezes repetida, já vai tomando foros de verdadeira mística: a Tuna jogando à noite, ninguém pode com ela. É grandiosa, diabólica, insuperável.

Uma defesa de Antonino, num chute de China, vendo-se Job e Newton.
 
Equipes renomadas de outras terras, que até nós têm vindo, quando lhes toca a vez de justar contas com o clube cruzmaltino, encontram sempre um sério obstáculo às suas pretensões mais fagueiras de vitória. Podem vir de feitos, os mais brilhantes, frente aos outros quadros da cidade, mas diante da Tuna em pelejas noturnas, se não baqueiam em amargos reveses, não vão pelo menos além de duros empates.
Para a peleja de ontem acreditava-se que ‘onze’ cruzmaltino não estivesse perfeitamente habilitado para uma figura condigna, frente aos bravos rapazes do Flamengo carioca. Vinha o clube alvo de perder duas grandes figuras de seu plantel: Teixeirinha e Nonato, o primeiro atualmente no Paissandu e o segundo preso já ao Náutico de Pernambuco.
 
Perigoso ataque da Tuna, que Juvenil desperdiça, atirando por fora, vendo-se o goleiro Antonino atento a trajetória da pelota.
 
Colando a bola na grama, mandando-a em passes precisos, num jogo rápido e consciente, de pé a pé, praticaram os cruzmaltinos um futebol bonito, vistoso e sobretudo produtivo.
Em nenhum instante lhe arrefeceu o ardor combativo e, a cada arremetida do adversário, respondia com uma audácia de pasmar. Um avanço do Flamengo que de se viesse coroar com a bola dançando nas redes de Dodó era, de pronto, respondido por outro avanço tunante, que só cessava, quando o couro ia bater lá dentro das redes de Antoninho.
(…) não puderam ir além do empate de dois a dois, tentos de Aloisio e Palito, na primeira fase e de Aloisio, novamente, e Daniel no período complementar, este de penalti.

TUNA: Dodó; Bereco e Conde; Macaco, Sabá e Biroba; Nequinha, Juvenil, Palito, China e Daniel.

FLAMENGO: Antoninho; Job e Newton; Osvaldo, Walter e Beto; Aloisio, Quiba, Gringo, Durval e Esquerdinha.

Fonte: A Província do Pará de 23 de março de 1950
Extrato do blog Memória Tunante http://memoriatunante.tumblr.com/

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