Carlos Lucena não é mais o treinador do Gigantes do Norte. Empresário assume o time, contrata novo comandante e promete construção de CT
Por Pedro Cruz
Belém (20/04/2012 10h36 - Atualizado em 20/04/2012 13h47 )
O time de anões mais famoso do Brasil não é mais o mesmo. Fundado em 2006, o Gigantes do Norte teve um racha por brigas internas que fizeram com que o técnico e um dos fundadores, Carlos Lucena, deixasse a equipe. No entanto, o treinador resolveu começar de novo e montou um novo escrete. Cinco anões o acompanharam, mas, depois, acabaram voltando atrás. Da equipe original, somente o volante Mineiro continua com Lucena na nova empreitada. O técnico garimpou “pequenos” craques, formando um plantel de 16 anões para um “Gigantes do Norte 2”.
O time de anões mais famoso do Brasil não é mais o mesmo. Fundado em 2006, o Gigantes do Norte teve um racha por brigas internas que fizeram com que o técnico e um dos fundadores, Carlos Lucena, deixasse a equipe. No entanto, o treinador resolveu começar de novo e montou um novo escrete. Cinco anões o acompanharam, mas, depois, acabaram voltando atrás. Da equipe original, somente o volante Mineiro continua com Lucena na nova empreitada. O técnico garimpou “pequenos” craques, formando um plantel de 16 anões para um “Gigantes do Norte 2”.
Gigantes tradicional - Em pé: Cafu, Chimbinha, Baé, Lúcio, Imperador, Léo, Capacidade e Marcus. Agachados: Diego Souza, Negueba, Vágner Love, Raílson, Romarinho, Ageu e Pet (Foto: Pedro Cruz)
O motivo da separação é contraditório. A versão do ex-técnico diverge da contada por Alberto, mais conhecido como “Capacidade”. O anão alega que Lucena começou a tomar decisões sem avisar aos jogadores.
– Ele (Lucena) começou a brigar com os jogadores e resolveu sair para montar o próprio time. As brigas começaram porque ele tomava decisões sem consultar os jogadores. Além disso, o ônibus que usávamos para viajar tinha 20 assentos. Ele começou a levar a família e outros convidados, fazendo com que alguns jogadores tivessem que ir sentados no chão. Essas atitudes foram, aos poucos, irritando o pessoal, e os desentendimentos aumentaram.
O ônibus que usávamos para viajar tinha 20 assentos. Ele começou a levar a família e outros convidados, fazendo com que alguns jogadores tivessem que ir sentados no chão." Capacidade.
Outra acusação, mais grave, feita por Capacidade, é com relação à divisão do dinheiro arrecadado nas partidas amistosas. O anão afirma que Lucena não repartia igualmente a quantia.
– Na hora de repartir o dinheiro ele pegava a maior parte, sobrando pouco para nós – disse.
Do outro lado, Carlos Lucena rebate as acusações. Segundo ele, na sua ausência, Capacidade criava intrigas entre os outros atletas.
– Todos sabem que eu que fiz esse time lá na Tuna (Luso). Eu que marcava os jogos. Mas, como na época trabalhava na Tuna, nem sempre podia acompanhar os times nas viagens. Então ele aproveitava e falava mal de mim para os outros jogadores. Uma vez ele inventou que eu estava pegando dinheiro da equipe, o que não é verdade.
Lúcio e Vágner Love (Foto: Pedro Cruz)O atacante Vágner Love e o zagueiro Lúcio foram dois atletas que, inicialmente, saíram junto com Lucena. Porém, resolveram voltar ao time de Capacidade após promessas não cumpridas.
– O Lucena prometeu pagar salário mas, depois de seis meses, não tinha depositado nada na minha conta - revelou Love.
Lúcio conta que a falta de treinos fez com que resolvesse voltar para perto dos antigos companheiros.
- Lá nós treinávamos às terças e sextas-feiras. Só que os treinos foram diminuindo até que só disputávamos os jogos sem preparação. Aqui temos um rotina melhor e mais estrutura.
Vida nova
Brigas à parte, cada um dos times vive agora uma nova realidade. Depois da saída de Lucena, Capacidade foi atrás da ajuda de parceiros para conseguir tocar o projeto. Foi então que o amigo e empresário Relton Osvaldo resolveu abraçar a causa e tirar o clube do amadorismo. A primeira atitude do agora presidente do GN foi a de arranjar um novo treinador. Marcus Souza, o Marquinhos, ex-técnico de futsal de Paysandu e COPM, foi chamado.
– Eu trabalhava como personal trainer do Relton. Ele me chamou para treinar o time e eu topei – contou Marquinhos.
Promessa de construção de CT para os anões
Em seguida, iniciou-se o processo de profissionalização dos Gigantes. Capacidade tornou-se diretor de futebol e tem a responsabilidade de agendar as partidas. Marquinhos, além de técnico, acumula o cargo de Diretor Social e Esportivo.
– Tínhamos dificuldade de conseguir patrocinadores porque o clube não tinha nem CNPJ, então todos os acordos eram feitos verbalmente. A realidade agora é outra. O próximo passo será patentear a marca Gigantes do Norte, para evitar o uso indevido por outros times – contou o técnico, fazendo referência a equipe de Lucena.
Loco Abreu (esq.) e Neymar (dir.) - Foto: Divulgação
O time treina duas vezes por semana no campo society de uma academia da cidade. Mas a previsão é de que o clube tenha um campo próprio em 2013. Um CT está sendo construído na Ilha do Outeiro, que pertence ao distrito de Icoarací, na Região Metropolitana de Belém.
– Lá teremos um campo só nosso, além de uma escola e um posto de saúde para ajudar a comunidade próxima. Os anões poderão fazer cursos profissionalizantes – como de eletricista, marcenaria e informática – para não dependerem somente da renda dos jogos – explicou Marquinhos.
Os anões estão com a agenda cheia. Na madrugada desta sexta-feira (20) a equipe viajou a Macapá para enfrentar o Sub-13 do Santana (AM). Na próxima semana Os Gigantes do Norte excursionam pelo interior do Pará e Maranhão, passando pelos municípios de Sapucaia, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu e Imperatriz (MA). Além de futebol society, o time também disputa amistosos de futebol de campo, futsal e futebol de areia.
Do outro lado, a outra versão do Gigantes 2 aposta em novos nomes no futebol de anões.
– O destaque do time é o Loco Abreu, o único anão japonês do Brasil. Mas tem vários outros craques, como o Neymar, Messi, Ganso, Careca e Felipe (Vasco). Tem também o Samuel Eto'o, que é zagueiro artilheiro - conta Carlos Lucena.
Olha, quando esses anões iniciaram sua história e começaram a aparecer para a mídia, foi a Tuna Luso que eles usaram como trampolim. A diretoria do clube na época até acreditou neles e deu apoio, além de compartilhar alguns bons momentos. Tudo que era arrecadado com as apresentações deles era feito através de contrato escrito e usando o nome do clube, inclusive com papel timbrado e assinado pela diretoria. A Tuna ganhava apenas um pequeno percentual, o suficiente apenas para custear alguns materiais deles, sem qualquer lucro secundário. Com o passar do tempo, eles começaram a aparecer e ficar famosos. A partir daí, começou a aparecer vários donos no time, incluindo as "estrelas", o que nos levou a pensar que não era mais interessante ter os anões como parte da Tuna. O time começou a simular divergências e reclamações contra a diretoria e passou a querer sair das rédias da Tuna. Saíram e passaram a fazer seus próprios contratos, além de dobrarem os cachês que cobravam por jogo. Não sabemos como era feita a divisão entre eles ou quem ganhavam mais, mas certamente ganharam muito dinheiro desde aquela época. Até televiões do estrangeiro (Korea, Alemanha, ESPN, etc) estiveram em Belém para entrevistá-los. Foram no Jô Soares e em outros programas importantes da TV brasileira. Só não podemos afirmar o que verdadeiramente aconteceu na dissidência entre eles e o técnico. Seria bom que o técnico Lucena fosse consultado para saber a versão dele. Só podemos dizer que a Tuna não ganhou nada com os anões, mas eles ganharam muita grana durante e após o período em que estiveram na Tuna. Sabemos que entre os anões que iniciaram o time tinham muitos que eram pessoas humildes e que precisavam daquela ajuda. O problema é que tinham outros que só queriam aparecer e ser estrelas.
ResponderExcluirA história se repete quando se diz que "quem joga na Tuna não fica rico mas tem muita gente que ficou rica depois que passou pela Tuna". O ditado é certíssimo! Talvez os diretores da Tuna naquela época tenham alguma coisa a mais para acrescentar sobre o caso.
Até entre os pequenos jogadores pode haver grandes brigas! Ah! Ser humano!
ResponderExcluirO problema é a soberba amigo!
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