Manoel Cristino na "Guarnição dos Bonitões"
(foto: divulgação)
Ao navegar pelo blog Didascália, edição de hoje (09), lamentavelmente tivemos outra triste notícia. Lá estava informando o falecimento do senhor Manoel Cristino, Grande Benemérito da Tuna Luso e um dos maiores abnegados cruzmaltinos, principalmente pela importância de seu longo trabalho em prol da gloriosa “Rainha do Mar”.
No final de dezembro já tínhamos perdido o senhor Manoel Domingues Henriques, e agora no último dia 6 do corrente, sexta-feira, o senhor Manoel Cristino, a quem era carinhosamente chamado por alguns de Seu Manoel, um cruzmaltino daqueles autênticos, tendo sido na sua juventude um grande remador, além de ter ocupado importantes cargos no Clube do seu coração, chegando inclusive à Grande Benerência por merecimento pelos inúmeros trabalhos prestados à Tuna.
De acordo com depoimentos do ex-presidente Marcos Moraes, e de outros freqüentadores da Garagem Náutica, o senhor Manoel Cristino era uma verdadeira lenda na história vencedora do remo do clube. Foi um grande campeão das águas barrentas da Guajará, além de fazer parte do mais sensacional 4+1 do esporte de náutico do Pará, com outros quatro expoentes: Orlandino Ventura, Heronides Moura, Esmeraldo e Buck Jones. Foi este quinteto onde Manoel Cristino era um dos grandes destaques, que fez com que a Tuna Luso Brasileira ganhasse o título de Deca-campeão, de 1948 até 1957. Essa equipe, conhecida na época como a "Guarnição dos Bonitões", até hoje ainda é lembrada pelos veteranos que admiram e respeitam a arte de remar. A Tuna nesse período, só não foi mais melhor na sua escalada de vitórias sucessivas devido as outras equipes de tudo fazerem para que a Águia não vencesse. Só que a equipe era tão forte que vencia sempre, mesmo com as manobras dos adversários.
Muito religioso, o senhor Manoel Henriques, que normalmente frequentava as reuniões do Conselho, gostava de abrir os trabalhos sempre com uma oração. Também frequentador dos jogos de futebol da Tuna, certa feita foi colocado como Presidente da Delegação da Tuna que iria jogar em Marabá. A diretoria da época chegou a balançar em enviá-lo, porque a viagem seria longa e de ôninbus, o que poderia lhe cansar por demais. Ele fez questão de ir, e ainda foi o primeiro a entrar no ônibus. Com sua atitude, deu exemplo de amizade e solidariedade, além de motivar os demais durante a estada em Marabá. Com isso, o grupo gostou tanto de sua companhia que tanto Comissão Técnica como jogadores o cobriram de elogios. Seu Manoel, que já tinha 84 anos, dirigia normamente durante o dia, mas nas reuniões do Condel, que costumavam ser no horário noturno, sempre pedia para o senhor Marcos Moraes ou outro amigo levá-lo em sua casa, no bairro do Umarizal, o que era feito com o maior carinho por todos.
Desejamos às famílias enlutadas o mais sincero conforto e que esses dois Grandes Beneméritos, Manoel Henriques e Manoel Cristino, que muito fizeram pela Tuna Luso Brasileira, descansem em paz e jamais sejam esquecidos. Que suas memórias, assim como a de muitos outros cruzmaltinos autênticos, continuem sendo sempre lembradas como um bom exemplo de amor e dedicação.
fonte: Blog Didascália.
Adeus Cristino
ResponderExcluirFoi-se o homem
Mas a lenda permanece!
Adeus Cristino,
Grande cruzmaltino!
A Tuna não te esquece!
Um simbolo da regata!
Ah! Tuna amada!
Mais um tunante a te deixar
Neste mundo terreno.
Mas sempre a iluminar
Num brilho pleno de paixão.
Cristino agora torcerás
Daí deste lugar
De onde vislumbras
A imensidão!
Márcio Rodrigues