Vista parcial da cidade de Belém do Pará.
A nossa querida Santa Maria de Belém do Grão Pará comemora nesta quinta-feira (12/01) 396 anos de fundação.
Palacete e Vila do Bolonha, ícone do período da borracha.
A capital paraense, também conhecida como o portal de entrada e a metrópole da Amazônia, é considerada pelos turistas que a visitam como a mais charmosa e atraente das cidades amazônicas.
Belém da Belle Époque - Palacete localizado no antigo Largo da Memória, atual Praça Infante Dom Henrique, um dos mais expressivos palacetes residenciais do início do século XX, em estilo eclético e que serviu de residência ao Dr. Pedro Gusmão. Hoje sedia uma agência bancária.
O Bonde do passado I.
A primeira empresa de bondes na capital paraense foi organizada em 1868 pelo cônsul dos Estados Unidos em Belém, o industrial James Bond. Por isso, historiadores locais afirmam que o nome dele foi a origem da palavra "bond", aportuguesada como "bonde", para designar tais veículos.
O Bonde do passado II.
A linha de bondes a vapor de Belém, uma das primeiras no Brasil, ligando o Largo da Sé ao Largo do Nazaré, foi inaugurada em 1/9/1869, com bitola de 1.435 mm, usando três locomotivas e dois carros de passageiros, segundo relata o pesquisador estadunidense Allen Morrison.
O Bonde do presente.
Bond vendeu seu sistema em 1870 a Manoel Bueno, que formou a Companhia Urbana de Estrada de Ferro Paraense, e no mesmo ano a Companhia de Bonds Paraense inaugurou sua primeira linha de bondes com tração animal, em bitola de 750 mm. Em 1883 já existiam 30 km de linhas, entre bondes a vapor ou com tração animal.
A Companhia Urbana assumiu todo o sistema em 1894 e contratou a Siemens & Halske, de Berlim (Alemanha), para instalar a iluminação pública e um sistema de bondes elétricos. Mas os alemães só fizeram a primeira parte.
A Pará Electric Railways and Lighting Company, registrada em Londres em 25/7/1905, comprou a Companhia Urbana e encomendou à também inglesa J. G. White & Co., de Londres, a instalação do sistema de bondes elétricos. Seus trabalhos começaram em 15/8/1906 e exatamente um ano depois foi inaugurada a operação na então Avenida São Jerônimo (hoje Avenida José Malcher). O uso de bondes com tração animal terminou em 21/7/1908, sendo os veículos vendidos para Natal/RN.
O sistema de bondes elétricos de Belém permaneceu britânico em toda a sua existência, inclusive observando regulamentos rígidos, como o de que um veículo de primeira classe não poderia parar para um passageiro vestido inapropriadamente ou de forma incompleta.
Mas, ao contrário dos veículos de Manaus, os bondes elétricos em Belém trafegaram sempre pelo lado direito, nas vias de mão dupla.
Em 1940, vinte bondes fechados foram adquiridos em segunda-mão de Cardiff (em Wales, na Grã-Bretanha). Eles eram os únicos que um visitante encontraria rodando em Belém em 1946. O sistema de bondes de Belém foi o primeiro grande sistema brasileiro a fechar, o que ocorreu por razões financeiras, em 27/4/1947.
Em 1940, vinte bondes fechados foram adquiridos em segunda-mão de Cardiff (em Wales, na Grã-Bretanha). Eles eram os únicos que um visitante encontraria rodando em Belém em 1946. O sistema de bondes de Belém foi o primeiro grande sistema brasileiro a fechar, o que ocorreu por razões financeiras, em 27/4/1947.
Hoje em dia, com a revitalização de uma pequena parte do sistema para fins turísticos, o Projeto do Bonde de Belém está quase que totalmente concluído. A prefeitura atual retirou das ruas a fiação elétrica que foi colocada pelo prefeito anterior para dar vida ao Bande e o fez funcionar a Biodiesel.
O Bonde foi restaurado em Santos-SP e trazido para Belém. Circula apenas no entorno do centro histórico da cidade aos domingos e feriados.
O Bonde foi restaurado em Santos-SP e trazido para Belém. Circula apenas no entorno do centro histórico da cidade aos domingos e feriados.
Sai de sua garagem, localizada ao lado do Museu de Arte Sacra, faz um passeio e passa pela frente dos palácios Lauro Sodré e Antônio Lemos, vai até a rua João Alfredo, passa em frente da igreja de Santo Alexandre, e dá a volta pela Feira do Açai. Em seguida, retorna pelo mesmo trajeto, enquanto uma guia vai contando a história de todos os lugares. O passeio faz o maior sucesso com as crianças.
Palacete Pinho, datado de 1897, no bairro da Cidade Velha.
Museu Histórico de Belém do Pará.
Acima, foto do Museu de Arte de Belém que (Mabe) está aberto para visita e exposição . O acervo do museu, além da história do Palácio Antônio Lemos, pode ser visto no Mabe que funciona de terça-feira a sexta-feira, de 10h às 18h; aos sábados, domingos e feriados de 9h às 13h. As visitas podem ser agendadas pelo telefone: (91) 3114-1028 ou pelo e-mail: educativa.mabe@gmail.com.
Com seus casarões da época da borracha, Belém do Pará tem a preferência dos turistas pela grande diversidade cultural, vasta vegetação urbana e pela gentileza e receptividade de seu povo, o que lhe diferencia entre as demais cidades da região. Sabemos que existem as excessões mas deixaremos isso pra um outro momento
Vista aérea do Feliz Luzitânia, próximo ao Ver-O-Peso.
A Cidade Velha, onde Belém nasceu, revela parte da história cultural e arquitetônica da simpática “Cidade das Mangueiras”.
Entrada do Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, na avenida Almirante Barroso.
A contribuição portuguesa para a formação e desenvolvimento de Belém também é fato marcante na história e não pode deixar de ser registrada.
Detalhes naturais do Mangal das Garças.
Além da forma um pouco diferente como se fala o português em Belém, os traços culturais e alguns costumes culinários e folclóricos também foram introduzidos pelos nossos irmão portugueses.
Foto do Igreja Santuário da Basílica de Nazaré.
O Complexo Feliz Lusitânia, a Casa das Onze Janelas, o Museu de Arte Sacra e Igreja de Santo Alexandre, a Catedral Metropolitana, o Forte do Presépio, o Grêmio Recreativo e Literário Português, além da Sede Náutica da Tuna Luso, guardam muita história e relíquias da cidade.
Foto frontal do Theatro da Paz, construído nos bons tempos da borracha.
O Ver-o-Peso, com sua arquitetura importada de Europa, é local de encontro de diversas culturas. Juntamente com a Praça do Relógio, o Mercado de Carnes, o Mercado de Ferro, o Solar da Beira, são símbolos importantes que retratam todo o requinte e diversidade arquitetônica e cultural da cidade.
Caixa d´agua centenária, importada da Europa no período áureo da Borracha.
A Estação das Docas, principal ponto gastronômico e turístico de Belém e região, foi adaptado recentemente a partir de galpões de ferro, importados da Europa, anteriormente usados como armazéns de carga na rárea portuária de Belém. Na Estação das Docas o visitante poderá degustar as mais diversas iguarias regionais , nacional e até internacional. Tudo isso com muita segurança e de frente para a brisa que sopra da Baía do Guajará.
Foto aérea do Mangal das Garças.
Através do Mangal das Graças, outro ponto turístico de Belém, a cidade uniu o conforto da modernidade com a preservação ambiental. Localizado nas margens do rio Guamá, o local preserva quase que integralmente a vegetação de mangue e coloca o visitante em contato com a natureza e com as espécies de pássaros e outros animais do habitat.
O antigo Mercado de Carnes de São Braz, hoje remodelado mas mantida a forma arquitetônica de outrora, é usado como centro de vendas de artesanato e outras mercadorias.
Outros pontos existentes no Mangal são: o Museu da Navegação, um mirante de 40 metros de altura com visão de 180º privilegiada da cidade e das muitas ilhas que cercam Belém. Em breve, a nova orla de Belém que está em execução dará mais charme e valorização para a magem do rio Guamá e proximidades do Magal das Garças.
Detalhes das partes interna e externa da Estação das docas.
A aniversariante do dia é uma cidade privilegiada por ostentar ao longo de seus logradouros muita vegetação, priorizando as mangueiras que chegam a formar túneis de sobra e ventilação, o Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Bioparque Amazônia, o Parque Ecológico da cidade de Belém, além de outras reservas naturais de vegetação nativa.
Acima, detalhes da foto aérea do Ver-O-Peso e dos produtos vendidos na maior feira lívre da América do sul.
No mercado de peixe do Ver-O-Peso, podemos encontrar diversidade de peixes de água doce, salobra e salgada, é só escolher!
O Ver-O-Peso foi Construído em 1625, seu nome remonta às Casas do Ver-o-Peso, criadas para conferir o peso exato das mercadorias e cobrar os respectivos impostos para a coroa portuguesa. A área do Mercado inclui um complexo que totaliza uma área de 35 mil metros quadrados, com várias construções históricas, tais como o Mercado do Ferro, Mercado da Carne, Praça do Relógio, Doca, Feira do Açaí, Ladeira do Castelo e o Solar da Beira. O Mercado do Ver-o-Peso é conhecido por sua ampla variedade de produtos como frutas, pães, peixes, doces e verduras. Belém é cheia de surpresas e maravilhas, mas só o Mercado do Ver-o-Peso já valeria uma visita. Em fechamento das comemorações de aniversário da cidade, no dia 29/01 acontecerá a “Corrida de Belém”. Serão percorridos 10 quilômetros pelos participantes que farão o percurso passando por diversos pontos turísticos de Belém, além da Catedral de Belém e a Basílica Santuário de Nazaré, etc.
Grêmio Recreativo e Literário Português e Tuna Luso Brasileira são clubes centenários de origem luso-brasileira e que fazem parte da história de Belém do Pará.
Antiga residência dos governadores da província e do estado do Pará, hoje transformada em Parque da Residência e aberto para visitação pública.
Foto aérea da Praça da República, onde está localizado o Teatro da Paz, no centro.
Desejamos que Belém melhore a cada dia e que consiga muitas conquistas no decorrer de sua existência.
Parabéns querida Santa Maria de Belém do Grão Pará pelos 396 anos de fundação!
fonte: pesquisa na internet, Agência Pará, http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=349982, O Globo.
Excelente pesquisa e reportagem sobre a nossa Belém, parabéns e vamos começar a nossa busca rumo ao titulo do Parazão 2012.
ResponderExcluirFicou bonito e interesante. Parabéns!
ResponderExcluirMárcio
A chuva da tarde
ResponderExcluirSe a chuva da tarde,
Cair e me molhar,
Será que vou me resfriar?
Ah! Morena!
Quero te ouvir cantar!
Tu que és o mais belo poema
Que Deus soube criar!
E se Belém é cidade morena,
Já cresceu,
Não é mais pequena.
É mulher sedutora,
A me enfeitiçar,
Então por ela vou suspirar.
Molhada da chuva,
Aqui não é terra de uvas,
Temos mangas,
Que a molecada apanha.
Belém quem te ama,
Sabe que tens problemas,
Belém das lindas damas
Como eu poderia deixar
De te amar?
Márcio Rodrigues
13/02/2012