segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tuna tropeça mais uma vez

Cruzmaltinos esbarram no forte jogo defensivo do Castanhal e voltam a decepcionar a torcida no Souza: 0 a 0

Em uma competição "tiro curto" como o Campeonato Paraense, perder pontos em casa é perigoso para quem tem a pretensão de disputar o título. Assim, a Tuna Luso fez a sua torcida passar por essa decepção, ao empatar em 0 a 0 com o Castanhal, ontem pela manhã no estádio Francisco Vasques, na segunda rodada do primeiro turno do Parazão 2011. Antes da partida, foi observado um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do desabamento do edifício Real Class, no bairro de São Brás.
A pequena torcida tunante se fez presente e apoiou sua equipe desde o apito inicial. Mesmo assim o time não conseguiu se impor perante um adversário que veio apenas se defender e jogar no contra-ataque.
O jogo foi fraco, tecnicamente no primeiro tempo, com poucas chances. O goleiro Ângelo, do time visitante, fez apenas uma defesa importante. Adriano teve mais trabalho com os contra-ataques do Japiim e precisou de todo o seu talento para evitar um gol de Soares, aos 37min, e outro de Preto Barcarena, aos 42 minutos.
O técnico Flávio Goiano havia dito que com três volantes, os laterais teriam mais liberdade, mas apenas Léo apoiou um pouco mais. Hugo Deleon não estava numa tarde feliz e pouco produziu ofensivamente.
Coube ao atacante Fabinho tentar alguma jogada individual. Aos 15min, subiu mais do que a defesa castanhalense e cabeceou forte para a defesa do goleiro Ângelo, que espalmou para escanteio. Demorou para surgir outro bom momento, mas apareceu aos 33 minutos. Negretti lançou Zazá na direita, este avançou e cruzou. Fabinho vinha na corrida, deu um carrinho, mas não alcançou a bola, perdendo a chance.
Chances - No segundo tempo, um jogo totalmente diferente. Logo aos dois minutos, Fabinho arrematou à queima-roupa e Ângelo voltou a aparecer. A Tuna seguiu pressionando e aos cinco, Zazá errou chute sozinho, com o goleiro já batido.
Aos 19min, foi a vez do volante Soares quase abrir o placar. Em cobrança de falta, ele assustou Adriano ao acertar a trave. Aos 21min, Fabinho teve mais uma chance perigosa, mas chutou por cima. Nem mesmo as entradas de Japonês e Kanu fizeram a Tuna crescer e se sobressair. Aos 35min, mais uma bela defesa do arqueiro tunante, em uma bomba disparada por Flamel.
Aos 39min, o último lampejo do jogo, em boa jogada de Hugo Deleon na direita, que cruzou para Kanu, mas Ângelo impediu o gol cruzmaltino pela última vez. Debaixo de um sol de 32 graus, a torcida tunante deixou o Souza frustrada e com o grito de gol entalado.

Técnico da Lusa admite falta de qualidade na finalização
O técnico Flávio Goiano, da Tuna Luso, lamentou o empate sem gols com o Castanhal, no Souza. O time tunante teve muitas dificuldades de entrar na defesa castanhalense e, principalmente, de finalizar a gol. O comandante cruzmaltino não gostou do resultado. Se vencesse, a equipe estaria entre os três primeiros colocados na tabela, à frente do Independente. Porém, o resultado deixou a Lusa na quarta colocação, empatada em todos os quesitos com o Águia de Marabá.
"Nossa equipe teve uma atuação muito boa, teve volume de jogo, atacou, não desistiu e enfrentou um time que também tem valores individuais e que nós sabíamos que seria um adversário muito difícil. Nossa equipe foi superior, merecia vencer, mas infelizmente estamos falando de um empate. Os goleiros acabaram se destacando", analisou o treinador.
Flávio Goiano também ressaltou que o ponto conquistado poderá ser importante no fim do Campeonato Paraense. "Deixamos escapar dois pontos, que é do futebol. Da mesma forma que ganhamos um fora de casa, empatamos em casa, contra um time que joga certo, ajeitado e tem um ótimo contra-ataque. De repente, esse ponto que ganhamos hoje é que vai dar uma condição melhor no fim do torneio."
O técnico tunante disse ainda que faltou um pouco mais de qualidade no arremate para que a Tuna saísse de campo com uma vitória, ontem pela manhã, no Souza. Por isso, ele já indicou duas mudanças para o clássico contra o Paysandu, quinta-feira, na Curuzu.
"Não estou culpando ninguém. O pessoal jogou, fez o que pode, mas cada um tem características próprias. O André Barata e o Felipe Mamão são dois jogadores que podem dar a qualidade que estamos precisando em termos ofensivos. Por isso, vou observá-los nos treinos de terça e quarta-feira. Se eles responderem bem, vão para o jogo com o Paysandu", anunciou.
fonte: Amazônia Jornal - edição de 31/01/2011 

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