sexta-feira, 3 de setembro de 2010

SOBRE O FUTEBOL FEMININO DA TUNA LUSO

Apesar de não ter conseguido chegar nas finais do campeonato paraense de 2010, o time de futebol feminino da Tuna Luso, comandanda pela treinadora Aline Costa, vem lutando desde 2008 com muita dificuldade para conseguir o tão sonhado título para o clube.

Em 2008 a Tuna Luso fez um campeonato sem muita empolgação mas a treinadora por Aline Costa manteve a maior parte das jogadoras e contratou outras para em 2009 conseguir o vice-campeonato paraense ao perder a final para o Pinheirense nas cobranças de penalty.

Em 2010, a Tuna tinha tudo para fazer um bom campeonato mas não foi feliz e ficou de fora das finais do futebol de campo, continuando apenas na disputa das finais do futsal feminino.

A treinadora Aline não soube informar se o clube manterá o time para o p´roximo ano e tudo dependerá de conversações e acertos para definir o destino do futebol feminino. Vamos fazer votos que continuem e sejam campeãs em 2011.

Segue abaixo matéria sobre o futebol feminino da Tuna divulgada no jornal Diário do Pará em 02/05/2010, como segue:

"Treinadora se orgulha por comandar time feminino
Elas se dividem entre filhos, serviços domésticos e o trabalho. Porém, muitas têm outra coisa na cabeça: o futebol. Cresce o número de mulheres apaixonadas pelo esporte. Renata Fan, Milena Ceribeli, Ana Paula Oliveira, Formiga, Marta e companhia são exemplos de beldades que conquistaram seus respectivos espaços no mundo que sempre se falava ser exclusivo dos homens. O Pará é um exemplo disso: tem atleta, treinadora, árbitra e até dirigente, sem esquecer das torcedoras que não saem de perto do seu time de coração.
Aline Costa tem 29 anos e vive do futebol. É treinadora do time de futebol feminino da Tuna Luso desde 2008. O currículo ainda é modesto. Além da Lusa, comandou apenas o Remo. Mas sente orgulho do que faz. “Sou a primeira treinadora do Norte a ser credenciada para treinar um time de futebol”, explica. A graduação ocorreu em 2009, em curso do Sindicato dos Treinadores do Rio de Janeiro.
A treinadora da Tuna Luso e sua turma de jogadoras (foto: Marcelo Lelis)
A admiração pelo colega de trabalho, Renê Simões, existe, mas está no técnico do Corinthians, Mano Menezes, o espelho. “Só acho que ele tinha que ter tirado o Ronaldo no último jogo do Flamengo”, brinca. Mas na hora de falar sério, Carla mostra porque está na profissão. “Sei que é mais fácil o homem trabalhar como técnico, mas estou buscando meu espaço. A Tuna passa por dificuldades de material, transporte, mas nada que faça essas meninas desistirem”, disse.Não é só Patrícia Amorim que dirige um clube de futebol no país. Em Bragança, Carla Macêdo recebeu recentemente a missão de soerguer o Bragantino do fundo do poço. “Sempre fui desportista e agora tenho esse desafio. Comando homens que me respeitam, e acredito que com a Patrícia Amorim assumindo o Flamengo, mais mulheres serão dirigentes. Hoje tenho 40 anos, me divido entre meu trabalho, filhos e o Bragantino, mas faço isso porque amo”, enfatiza.O crescimento do futebol feminino ficou em evidência durante o último campeonato da modalidade, vencido pelo Santos. As paraenses do Pinheirense conquistaram o quarto lugar, mesmo com a falta de estrutura e apoio. A pergunta que fica é: futebol é coisa para homem ou para mulher? Na verdade, o Brasil respira futebol, e com certeza as mulheres já fazem valer a troca do salto alto pelas chuteiras.

DISCRIMINAÇÃOO
preconceito é uma marca para as mulheres que procuram se aventurar no mundo futebolístico. Não raro, há sempre quem afirme que não há espaços para elas nas quatro linhas. Quem começou a quebrar esse tabu no Estado foi a árbitra Hislene de Lima Gomes, do quadro de árbitros da Federação Paraense de Futebol (FPF). Contudo, agora a juíza afirma que sofre discriminação no final de carreira.Hislene começou no futebol como jogadora. Após uma contusão, ficou apenas na torcida. Mas uma coisa intrigava. “Via as mulheres e perguntava por que elas não apitavam a partida. Me disseram que o motivo era pela falta de mulheres para arbitrar. Fiz um curso na FPF e assim virei árbitra”, explica. Já são 14 anos de carreira, sendo que 12 são pelo quadro de árbitros da Confederação Brasileira deFutebol (CBF).Mas, segundo Hislene Gomes, hoje sofre discriminação na FPF por ser mulher. “Em 2009 cheguei até a ser cotada para apitar um Re-Pa. Em 2010 fui afastada da FPF e ainda não apitei um jogo nesse Parazão. Há um preconceito contra a arbitragem feminina no Pará”, lamenta."

fonte: jornal Diário do Pará - edição 02/05/2010

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