segunda-feira, 22 de março de 2010

Mau tempo para a regata

A primeira prova do ano foi cancelada devido ao forte vento, que levou ao fundo as guarnições em disputa

A primeira regata do ano não foi concluída. A maré alta e o vento forte causaram marolas e fizeram estragos nas guarnições de Remo, Paysandu e Tuna durante a prova do Oito Gigante. Todas foram para o fundo após mil metros de remadas. O maior prejuízo causado pelo temporal de quase dez minutos na baia de Guajará aos clubes foi a perda dos 'carrinhos' das embarcações. Cada equipamento desse tipo custa, em média, R$ 380,00. Os remadores que naufragaram foram resgatados pela lancha da Marinha e por barcos de apoio das equipes participantes.
Não deixou de ser, também, uma situação inusitada, já que durante anos de regata não há informação de uma situação em que todas as guarnições tenham ido ao fundo numa mesma prova, como o ocorrido na primeira regata do Campeonato Paraense, na manhã de ontem. De imediato, o problema gerou discussão e bate-boca entre torcedores e juízes de chegada. ‘’Esse pessoal (torcida) está falando sem conhecimento de causa. Nós, aqui, não temos nada a ver com a situação. Somos juízes de chegada, que dão sinalização ao primeiro, segundo e terceiro colocados’’, desabafou o juiz de chegada Manoel Ribeiro das Neves, rebatendo acusações da torcida.
O presidente da Fepar, Haroldo Lopes Ribeiro, evitou comentários sem antes ouvir o juiz da partida, o carioca Sérgio Brasil (Alemão), 55, que além de atleta é árbitro internacional. Já em solo, Alemão explicou que a largada da prova só aconteceu depois que os treinadores das três equipes autorizaram a saída dos barcos. Por ele, a disputa sequer teria iniciado em função dos ventos fortes e das marolas. ‘’Os chamadores (treinadores) queriam correr a prova e eles chegaram a correr mil metros quando aconteceu o incidente ocasionando a suspensão', reiterou.
Após o relatório assinado por Alemão, Haroldo Lopes Ribeiro marcou para amanhã uma reunião entre a Comissão Técnica da Fepar para avaliar o problema e decidir sobre a nova data da disputa do Oito Gigante. ‘’Por mim, esta prova seria logo no sábado, 27, ou no domingo, 28, mas vamos depender das posições dos clubes sobre os danos causado aos barcos’’, disse.
'Foi coisa da natureza', disse Luiz Omar
A posição da federação foi ratificada nas opiniões dos dirigentes dos clubes. Aliás, nenhum deles contestou ou mesmo apontou irresponsabilidade da Fepar quanto a largada do páreo. 'Foi coisa da natureza e não podemos ir contra ela’’, disse Luiz Omar Pinheiro, presidente do Paysandu. Fabiano Bastos também acompanhou a regata do começo ao fim.
Já o presidente do Remo, Amaro Klautau, preferiu a comodidade do veleiro Devaneio do diretor Edson Carneiro. O vencedor da regata ganha o troféu denominado Dia Internacional da Mulher, oferta da Fepar. A próxima regata do campeonato será 16 de maio.
Pontuação - A regata estreou novo tipo de pontuação. A Fepar, seguindo orientação do conselho técnico, determinou agora que cada primeiro lugar equivale quatro pontos, segundo, dois pontos, e o terceiro lugar, um ponto. Um possível quarto colocado será premiado com apenas meio ponto.
A pontuação anterior seguia pelo número de provas conquistadas. Na prova de ontem, a Tuna ganhou cinco primeiros lugares e dois terceiros. O Remo obteve quatro primeiros lugares, dois segundos e três terceiros. Já o Paysandu acabou com sete segundas e duas terceiras colocações. Na pontuação geral, o Remo aparece com 23 pontos, seguido pela Tuna, com 22, e Paysandu com 16 pontos.
fonte: Amazônia Jornal - Edição 22/03/2010

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