domingo, 28 de março de 2010

Grave crise no remo paraense

Azulino trabalha como árbitro geral e paysandu pede impugnação da primeira regata. Haroldo Lopes renuncia.

A crise cerca o remo paraense, com ameaça de renúncia. Desconfiado do trabalho do carioca Sérgio Brasil, árbitro geral da Federação, o credenciado Miguel Gustavo Cunha, representante do Paysandu, pede impugnação da primeira regata do Estadual de Remo, disputada no último domingo, 21. A petição bicolor foi protocolada na secretaria da Fepar, dia 23, às 19h45.

O presidente Haroldo Lopes Ribeiro, que anunciou ontem sua renúncia ao cargo, considerou improcedente o argumento do Paysandu, mas mesmo assim, encaminhará o recurso para o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A Fepar, como outras federações amadoras, possui tribunal especializado, o que permite recursos ou ações serem julgados por comissão disciplinar. Assim, a primeira regata do Estadual de 2010 fica sub judice até a apreciação e julgamento do TJD ou STJD da CBR.

O requerimento do Paysandu se baseia no programa da regata em que divulga a composição do "Júri da Regata", com relação devidamente descrita. Para a surpresa do clube bicolor, a regata foi conduzida por Sérgio Brasil, atleta inscrito pelo Remo na prova do duplo skiff master C, motivo pelo qual nunca poderia fazer parte do júri. Por isso, Miguel, citando o artigo 84 da CBJD, pede que sejam anuladas todas as provas que tiveram a participação de Sérgio Brasil como árbitro.

Segundo a versão do presidente da Fepar, Sérgio Brasil não conseguiu a liberação de sua transferência do Botafogo-RJ, e por isso, não poderia remar pelo clube azulino. Como é árbitro internacional, reconhecido pela Confederação Brasileira de Remo (CBR), a federação se valeu desta condição para indicá-lo à condição de árbitro geral em substituição a Flávio Acatauassu, que não chegou a Belém, como havia prometido ao presidente Haroldo Lopes.

"A regata aconteceu no domingo, 21, e no sábado, 20, às 23h35, recebi uma mensagem do Flávio (Acatauassu), afirmando que não poderia presidir o júri da regata", explica o presidente da federação. "No domingo, logo cedo, comuniquei aos clubes a decisão da Fepar sobre a indicação de Sérgio Brasil como árbitro-geral. Não houve nenhuma rejeição ao seu nome, até porque o código de remo permite que qualquer remador seja árbitro geral, desde que esteja devidamente qualificado", afirmou Haroldo, acrescentando que o trabalho de Sérgio Brasil foi perfeito.

Por Sérgio, não haveria largada do oito gigantes (que, posteriormente, foi cancelada) devido ao mau tempo na baía. Foi voto vencido pelos treinadores e a prova acabou causando estragos aos clubes por causa do naufrágio de três barcos. No próximo dia 9 de abril, a assembleia da Fepar aclama o novo presidente da federação.
fonte: Amazônia Jornal - Edição 28/03/2010

Um comentário:

  1. São lamentáveis fatos assim. Já existem tantos problemas para que os clubes consigam participar, com várias despesas e acontece uma coisa dessas. E a Tuna acaba saindo prejudicada novamente por situações desse tipo. Mas vamos torcer para que tudo se resolva e a Tuna possa ser campeã em 2010. Márcio

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