segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Com folha salarial de R$ 30 mil, Tuna vai buscar reforços no interior

A temporada 2010 poderá representar a redenção para a Tuna Luso, que há anos amarga o ostracismo no futebol local e nacional. Os cruzmaltinos terão uma longa caminhada para chegar ao título estadual e, por tabela, a uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Diferente de Paysandu, Remo e Águia, apontados como favoritos ao título do Parazão, a Lusa disputará, na primeira fase do campeonato, uma das quatro vagas para a etapa principal da competição, que terá 10 clubes. Paysandu, São Raimundo, Remo e Águia já estão garantidos. Apesar do desejo de voltar à elite do futebol local, os investimentos da Lusa são modestos.
A folha de pagamento do elenco, segundo o presidente tunante, Fabiano Bastos, não será superior a R$ 30 mil, valor bem inferior aos prometidos por Remo, Papão e Águia. 'Não dá para investir mais do que esse valor. Não temos de onde tirar recursos para um investimento maior', lamenta Bastos. O plantel tunante seguirá uma velha receita, bastante eficaz no clube até a década de 80 - a utilização de jogadores revelados no próprio clubes e outros vindos do interior do Estado, apontados pelo técnico Carlos Lucena.
Segundo Fabiano Bastos, nem em sonho a diretoria pretende importar jogador. 'Nosso pensamento está voltado mais para a exportação, que possa render lucros ao clube, do que trazer alguém que venha para onerar a folha', diz. A diretoria tunante fixou o teto salarial dos jogadores em R$ 500. 'O valor é pequeno, mas vamos pagar bicho por vitórias, o que aumentará os ganhos do grupo', promete o dirigente, explicando que a premiação sairá do bolso de colaboradores do clube, como já vem acontecendo no pagamento dos salários da comissão técnica, formada por sete profissionais. O maior salário do clube é o de Lucena, que recebe R$ 1.5 mil.
Caso chegue à fase principal, a Lusa deverá aumentar o valor da folha de R$ 30 para R$ 50 mil. Caso obtenha a vaga na Série D, o valor voltará a ter aumento, mesmo com a diretoria sabendo que o CBF não dá qualquer tipo de ajuda financeira à 4ª Divisão. 'De qualquer maneira é uma competição nacional, que dá visibilidade ao clube. Há tempo não disputamos o Brasileiro e isso acaba prejudicando a imagem tradicional da Tuna. Por isso, vale a pena investir um pouco mais', diz Bastos, que comanda a Lusa desde o dia 9 de janeiro, sucedendo Marcos Moraes. Fabiano Bastos conta com colaboradores tradicionais no clube.
fonte: O Liberal - Edição de 23 de Agosto de 2009

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