terça-feira, 9 de junho de 2009

AS ORIGENS DO ESPORTE DE REMO















AS ORIGENS
Barcos a remo são usados como meio de transporte desde a Antigüidade Grega, o Império Romano e o Egito Antigo.
Todas as civilizações mais antigas evoluíam culturalmente por recorrência ao remo e em altura de guerra. As vitórias em muitas dessas batalhas no mar devia-se à maior facilidade e rapidez de movimentação dos barcos (os Ateniense ganhavam frequentemente porque usavam uma forma de carrinho em movimento de modo a incorporar as pernas). Os barcos Viking estavam equipados com muitos remadores. Uma vela quadrada era usada, mas apenas quando o vento de popa era predominante. Então a grande capacidade de pirataria e de pilhagem dos Vikings era devida à velocidade de ataque que possuíam com os seus barcos a remo.
O Remo na sua origem não era um desporto mas é considerado um dos mais antigos e dos que exige maior esforço físico. O remo, assim como a natação, utiliza uma grande parte dos grupos musculares do corpo, nomeadamente pernas, abdominais, peito, costas e braço.

AS PRIMEIRAS REGATAS
O Remo como desporto não oficial surge em 1700 com as regatas no Rio Tamisa na Inglaterra.
Como esporte, sua origem mais provável é a Inglaterra vitoriana dos séculos XVII e XVIII. No entanto a popularização só aconteceu no século XIX. Nesse período, foi exportado da Europa para a América, o desporto começa uma nova era quando os "gentlemen" surgem com a regata OXFORD-CAMBRIDGE em 1829. onde a tradição das regatas entre as universidades britânicas de Oxford e Cambridge também foi adotada, por Yale e Harvard. Competições de remo são mais antigas do que a maioria das de outros esportes olímpicos da Era Moderna. E o conceito se mantém o mesmo até os dias de hoje.




Uma regata oficial internacional foi pela primeira vez organizada em 1893 e sob a responsabilidade e direcção da "Federation International de Societes d'Aviron" (FISA).
As regatas internacionais são de 2000 metros. Ao mais alto nível os tempos médios de regata oscilam entre 5:20 e 7:30, dependendo obviamente do tipo de barco.

AS ORIGENS DO REMO NO BRASIL
Segundo Alberto B. Mendonça, a origem das regatas no Brasil remonta ao ano de 1566, época em que o Rio de Janeiro estava ocupado pelos franceses, que tinham nos índios tamoios seus aliados.
Em janeiro daquele ano, Estácio de Sá desembarcou no Rio, com reforços que trouxera de Portugal e outros que fora buscar na Capitania de São Vicente, e localizou-se entre o Pão de Açúcar e o Morro de São João, dali dando seqüência às lutas contra os franceses.
Em 17 de julho do mesmo ano, um soldado português chamado Francisco Velho, devoto de São Sebastião, saiu com sua canoa para procurar madeira a fim de terminar a construção de uma capela para o santo.
Porém, franceses e tamoios haviam armado uma emboscada. Reuniram cerca de 180 canoas e postaram-se atrás de uma ponta (provavelmente para os lados de Copacabana). Em seguida, mandaram quatro canoas mostrarem-se aos portugueses, para atraí-los. Estas depararam com Francisco Velho, que, apesar de estar só, enfrentou-os com valentia.
Estácio de Sá, vendo Francisco Velho cercado, chamou alguns soldados, lançaram na água quatro canoas que estavam à mão e saíram para combater os inimigos, sem imaginar que se tratava de uma armadilha. Os franceses, cumprindo seu plano, recuaram e quando os portugueses deram por si, estavam cercados de inimigos. Eram dezenas de canoas inimigas para cada canoa portuguesa.
Parecia impossível resistir, mas não havia outro jeito. Inexplicavelmente, porém, a resistência prolongava-se além do que seria esperado.
Francisco Velho combatia gritando: “Vitória por São Sebastião!”.
Subitamente, uma das canoas portuguesas, cheia de pólvora, explodiu, o que assustou os tamoios, que bateram em retirada. Os franceses os seguiram, pois sem eles nada podiam fazer.
Posteriormente, o Padre Anchieta ouviu dos tamoios sua versão da batalha. Segundo eles, havia “um soldado mui gentil homem, armado e saltando de canoa em canoa a combater, invencível e invulnerável, em favor dos portugueses”. E esse guerreiro, que os portugueses não viram, espantara os índios.
Finda a batalha, Estácio de Sá carregou em triunfo a Francisco Velho, que ousara enfrentar os inimigos e elevara o moral dos seus companheiros com os gritos de “Vitória por São Sebastião.” Em seguida, dirigiram-se todos para a capela que Francisco Velho estava construindo e ali agradeceram a Deus e veneraram a imagem do santo padroeiro.
Para comemorar esse feito, a partir do ano seguinte e sempre no dia 20 de janeiro, foi instituída a FESTA DAS CANOAS, na qual, além das solenidades religiosas, havia disputas entre canoas.
Este foi o embrião das regatas, no Rio de Janeiro e no Brasil.
Mais tarde, o Padre Antonio Vieira confirmava, em seus escritos, que colonos e índios, que se dedicavam à pesca e ao comércio de cabotagem, faziam corridas de canoas entre si, ao longo da costa brasileira.
Outros historiadores confirmam que até os holandeses, na Bahia,participavam dessas disputas.
Tal prática foi sendo difundida em todo o litoral, até que, em 1846, ganhou as páginas dos jornais.
O Jornal do Commércio, do Rio de Janeiro, anunciou, em 20 de agosto de 1846, um sensacional desafio entre as canoas CABOCLA e LAMBE-ÁGUA, sendo seus remadores ALECRIM e JOSÉ FERRO, respectivamente. A largada foi na Praia de Jurujuba (Niterói) e a chegada na Praia de Santa Luzia, também conhecida como Praia dos Cavalos, no Rio.
Uma multidão postou-se na chegada à espera da canoa vitoriosa, que foi CABOCLA. Seu remador, Alecrim, foi carregado pela multidão em delírio, através da cidade.
Daí em diante, os desafios públicos entraram na moda e passaram a ser construídas canoas especiais, mais rápidas, adequadas à disputa.
No Rio, começou a se falar em criar um grupo para promover corridas em barcos a remo.
A Confederação Brasileira de Remo foi fundada em 25/11/1977 e a sua sede é no Rio de Janeiro, estando localizada na Lagoa Rodrigo de Freitas, mas inicialmente o remo no Brasil era controlado pela Confederação Brasileira de Desportos. A Confederação Brasileira de Remo (CBR) é o órgão responsável pela organização do desporto Remo no Brasil, bem como sua difusão e incentivo. Compete ainda a CBR a organização de campeonatos nacionais e representação do Remo brasileiro frente a instituições internacionais, celebrando acordos, convênios e tratados.

A CBR E AS FEDERAÇÕES ESTADUAIS:

Amazonas , Bahia , Brasília, Espírito Santo, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande doSul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

OS PRINCIPAIS CLUBES DE REMO DO BRASIL
Esporte Clube Vitória (BA); Clube de Natação e Regatas “Álvares Cabral e Clube de Regatas Saldanhada Gama (ES); Tuna Luso Brasileira, Clube do Remo e Payssandú Sport Clube (PA); Clube NáuticoCapibaribe e Sport Club do Recife (PE); Botafogo de Futebol e Regatas,Club de Regatas Vasco da Gama e Clube de Regatas do Flamengo (RJ);Sport Clube de Natal (RN); Clube de Regatas Guaíba Porto-Alegre - GPA eGrêmio Náutico União (RS); Clube Náutico Francisco Martinelli, ClubeNáutico Riachuelo e Clube de Regatas Aldo Luz (SC) e Clube Esperia,Clube de Regatas Bandeirante e Sport Club Corinthians Paulista (SP).

Os principais clubes de Remo de Pernambuco, Pará e Rio de Janeiro, nos dias de hoje, tem no futebol o esporte favorito, mas continuam fortes no remo e com grandes torcidas em seus estados. No Rio Janeiro é tradição o Botafogo, Vasco e Flamengo.

O REMO NA AMÉRICA DO SUL
Na América do Sul, a Argentina e o Brasil disputam a hegemonia do remo, ambos quase no mesmo nível, havendo uma pequena vantagem para osargentinos. Nos campeonatos olímpicos nossos remadores tem apresentadoum rendimento apenas discreto.
O remo brasileiro participa assiduamente do Campeonato Sul-Americano, cuja disputa se iniciou em 1948 no Uruguay. Já em 1954 o Brasil sagrou-se campeão. Até 1945 esse Campeonato não tinha cunho oficial, pois foi só neste ano que foi fundada a Confederação Sudamericana deRemo.
Os tipos de barcos oficiais utilizados são constituídos por 1, 2, 4 ou 8 remadores podendo as tripulações de 2 e 4 remadores de ponta (um remo por cada atleta) ter ou não timoneiro, enquanto o shell de 8 (8 remadores com um remo cada) tem obrigatoriamente timoneiro. As tripulações de 2 e 4 remadores com um par de remos cada designa-se por double-scull e quadri-scull, respectivamente. A designação generalista para as tripulações com um par de remos por atleta é remo de parelhos. Inclui o skiff (apenas um remador). O quadri-scull é controlado em termos de rumo através de um leme de pé, enquanto o skiff o double-scull é controlado com uma diferença de pressão entre o remo de bombordo e estibordo. Os remadores a nível competitivo são distinguidos entre ligeiros e pesados. Os remadores ligeiros masculinos e femininos tem o seu máximo peso restrito a 72.5 Kg e 59 Kg respectivamente. Estão em grande progressão outras formas de Remo alternativas, nomeadamente Remo Indoor e Remo de Mar.
O remo é um desporto aquático desde muito cedo integrado no programa oficial dos Jogos Olímpicos. É um desporto de velocidade, praticado em barcos estreitos, nos quais os atletas se sentam sobre bancos móveis, de costas voltadas para a direção do movimento, usando os remos para mover o barco o mais depressa possível, em geral em rios de água doce (rios, lagos, ou pistas construídas especialmente para a prática da modalidade), são divididos por raias, competem lado a lado para ver quem é o mais rápido mas por vezes também competem no mar. Pode ser praticado em diferentes categorias de barcos desde barcos para uma pessoa, duas, quatro, oito ou até mais. Cada remador pode conduzir o barco utilizando um ou dois remos dependendo do tipo de barco. Alguns barcos ainda podem ter incluída a presença de um timoneiro responsável por dar a direção e o ritmo da remada aos atletas. Atualmente, a distância oficial desse percurso em linha reta para Jogos Olímpicos e Pan-americanos é de 2.000m. As embarcações – com ou sem timoneiro, ou skiff – podem ter um, dois, quatro ou oito componentes. O timoneiro, integrante que não rema e é responsável por orientar e incentivar os remadores, não entra na conta dos componentes. Tanto para quanto para mulheres, há também as disputas na categoria peso leve.

OS TIPOS DE BARCOS OLÍMPICOS
Skiff - 1X
Double Scull - 2X
Dois sem timoneiro - 2-
Dois com Timoneiro - 2+
Quadriscull - 4X
Quatro sem timoneiro - 4-
Quatro com Timoneiro - 4+
Oito - 8+
Lazer
Oito scull 8x






OS ATLETAS
Voga: Aquele que dá o ritmo ao barco, o que não tem ninguém à sua frente. (excepto por vezes o timoneiro, dependendo da embarcação)
Proa: Atleta mais próximo da proa do barco, responsável pelo equilíbrio.
Sota-Voga: Aquele que está imediatamente atrás do Voga, responsável pela voga do outro bordo
Sota-Proa: Aquele que está imediatamente antes do Proa.
Timoneiro: O que comanda o barco e controla o leme
Meia nau: Conjunto de atletas do meio do barco

TERMOS USADOS DURANTE A PRÁTICA
Ataque:
Quando o remo entra na água.
Final/Safe: Quando o remo é retirado da água.
Leva: Parar de remar e deixar o remo no ar permitindo ao barco continuar o seu movimento.
Pá de chapa/Patilhar: A pá do remo em contato com a água, em posição paralela.
Pega: Aumentar a força e cadência da remada.
Rema
Punhos a falca:
Levar os punhos a falca para equilibrar o barco.
Cia: Remar ao contrário, fazendo o barco andar para trás.
Remos à ré: Posição inicial (normalmente com os remos na posição vertical)

O REMO EM BELÉM DO PARÁ
Remadores da Tuna Luso no barco Quatro sem timoneiro (4- sub-23)

A história do remo no Pará obrigatoriamente passa pela Siqueira Mendes, primeira rua de Belém, onde estão situadas as garagens náuticas dos principais clube que praticam esse esporte no estado.
O clube que mais venceu campeonatos oficiais de regata no Pará é a Tuna Luso Brasileira, conhecida como "A Rainha do Mar" pelos seus 38 títulos conquistados, além de ser grande formadora de atletas nesse esporte. A Tuna Luso é treinada há muitos anos pelo competente e abnegado técnico "Lindão", auxiliado pelo não menos experiênte técnico Ribamar, mais conhecido nacionalmente como "Amaral". O clube tem hoje uma melhor estrutura na sede náutica e conta em seu quadro com o único atleta do norte/nordeste que defende a seleção brasileira. Trata-se do atual campeão norte/nordeste e brasileiro da categoria sub-23, Ailson Heráclito da Silva.
A Federação Paraense de Remo (FEPAR - Rua Pres Pernambuco, 120, Belém-PA, tel. 091 3241-5701) é o órgão gestor oficial do esporte no Pará e tem um site que divulga o remo paraense http://www.delsoftt.com/remoembelem/noticias.php.
Os três principais clubes que praticam o remo há décadas e participam dos campeonatos regionais são Tuna Luso Brasileira, Clube do Remo e Paysandu. Bancrevea Clube, CIABA e outros clubes também já participaram de regatas passadas mas não existem mais ou não tem participado de competições oficiais.
Nos últimos anos temos observado no Brasil uma grave crise financeira que afetou o esporte náutico como a falta de patrocínio, principalmente no estado do Pará. Agora, a partir do ano passado, o esforço de alguns abnegados e o investimento de alguns empresários de visão que que acreditaram na proposta de um esporte limpo e empolgante, começou a mudar esse cenário. Nota-se claramente um maior interesse do público pelo esporte de remo nas domingueiras da Estação das Docas. Uma breve e bem vinda recuperação desse tradicional esporte em nossa capital.
No próximo dia 28/06, domingo, a partir das 08h, será realizada a 3ª regata do campeonato paraense de remo de 2009. As duas primeiras foram vencidas pela Tuna Luso Brasileira, seguida pelo Paysandu em 2º lugar e Clube do Remo em 3º lugar, respectivamente. Um grande público tem marcado presença para prestigiar as regatas oficiais da FEPAR, tendo a Estação das Docas como base de apoio para a organização da regata, concentração de torcedores dos três clubes e a baia de Guajará servindo como plano de fundo e grande palco para os remadores.
CONTRA-CAPA DO LÍVRO COMEMORATIVO DOS 100 ANOS DA TUNA LUSO,
SEDE NÁUTICA, BARCO ANTIGO, QUADROS.














Federação Internacional do Remo (FISA)
Ocean Rowing Society Top 100 Rowing Sites Lastsroke Rowing Encyclopedia
Associação de remo da Beira Litoral Remo - O Radical (em português)
Remo do Clube Náutico Capibaribe ScullerBrasil
http://www.cbr-remo.com.br/

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.concept2.com.br/v2_0/imagens/artigos/regulagem/material.gif&imgrefurl=http://www.concept2.com.br/v2_0/Conteudo.aspx%3FID%3D483d55f7-d3e5-46c0-aa1f-75ab8bcb83fa&usg=__Da15rZODrtUp0m46tza7Q7N70ns=&h=320&w=700&sz=17&hl=pt-BR&start=16&sig2=Y9ZrY0jmi7hv1yHdzMr9HQ&tbnid=0Qfv9oS02Zhi3M:&tbnh=64&tbnw=140&prev=/images%3Fq%3Dbarco%2Bde%2Bremo%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG&ei=WXsuSqSFJIvglQfmwPDSCg
www.malhatlantica.pt/turma/remo.htm
Federação Internacional: http://www.worldrowing.com/
http://images.google.com.br/imgres?

http://blog.soccerlogos.com.br/2008/03/08/breve-historia-do-remo-no-brasil-e-no-rn-e-clubes-de-remo-que-jogaram-futebol/

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