O jogo era uma festa
Fotografia, Memória do Cotidiano
O estádio da Tuna Luso (primeiro Comercial, depois Brasileira) continua no mesmo lugar, no bairro do Souza. Em outubro de 1960, quando ficou lotado por abrigar um clássico do futebol paraense, era tão longe que ainda se podem ver altas árvores da mata nativa ao fundo (se o clichê ruim da tipografia permitir). Elas foram eliminadas, é claro. Ir ao Souza era uma viagem, mas até se podia ir e voltar a pé, sem ser acometido por uma “sensação de insegurança”, como nos nossos dias. Mesmo quem chegava atrasado podia encostar-se ao muro de entrada do estádio e assistir a partida com comodidade, ainda que em pé e exposto ao sol (como à chuva). Proteção mesmo só tinha uma pequena parcela do público, que conseguia ficar na parte coberta das arquibancadas. Para todos, ir ao jogo era participar de uma festa, sujeita a eventuais desatinos, de raro desfecho sangrento. Delícias de uma cidade pequena e alegre, que desapareceu.
LFP @ janeiro 15, 2009
Fotografia, Memória do Cotidiano
O estádio da Tuna Luso (primeiro Comercial, depois Brasileira) continua no mesmo lugar, no bairro do Souza. Em outubro de 1960, quando ficou lotado por abrigar um clássico do futebol paraense, era tão longe que ainda se podem ver altas árvores da mata nativa ao fundo (se o clichê ruim da tipografia permitir). Elas foram eliminadas, é claro. Ir ao Souza era uma viagem, mas até se podia ir e voltar a pé, sem ser acometido por uma “sensação de insegurança”, como nos nossos dias. Mesmo quem chegava atrasado podia encostar-se ao muro de entrada do estádio e assistir a partida com comodidade, ainda que em pé e exposto ao sol (como à chuva). Proteção mesmo só tinha uma pequena parcela do público, que conseguia ficar na parte coberta das arquibancadas. Para todos, ir ao jogo era participar de uma festa, sujeita a eventuais desatinos, de raro desfecho sangrento. Delícias de uma cidade pequena e alegre, que desapareceu.
LFP @ janeiro 15, 2009
fonte: Jornal Pessoal
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