segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Paraense de 17 anos ganha espaço na seleção brasileira de vôlei Edição de 09/11/2008

Foi do Pará que saiu o novo oposto da seleção brasileira de vôlei. O infanto juvenil Marcelo Victor Lobato, de 17 anos e 1,95 metro, atualmente jogador do São Caetano, no ABC Paulista, fez a sua estréia com a camisa amarela no Campeonato Sul-Americano, em outubro deste ano, em Poços de Caldas/GO. E a primeira experiência foi quase perfeita: o Brasil conquistou o vice-campeonato, com uma preparação de apenas quatro meses. A equipe perdeu a final para a Argentina, que trabalhou mais de um ano para a competição. Com a conquista, Marcelo vislumbra novo horizonte, jogando em um dos grandes cenários nacionais e rodeado de craques.
As primeiras manchetes e cortadas foram na Tuna, em Belém. O atleta antes praticava natação, mas foi levado por seu avô, um antigo jogador de futebol do clube, para freqüentar a escolinha de vôlei cruzmaltina. Foi lá que Marcelo descobriu sua aptidão. Ao longo do tempo, com a evolução, Marcelo recebeu um convite para jogar na Assembléia Paraense (AP). Passou também a atuar em competições escolares, pelo Colégio Moderno. Nesta época, conquistou os campeonatos paraense e brasileiro pela AP.
Com o bom desempenho nas quadras, Marcelo ganhou um incentivo extra em casa. A mãe, Rosa Lobato, coruja confessa, começou a procurar datas de peneiras em outros grandes clubes. 'Eu via que não tinha mais uma grande perspectiva para ele no Estado. Já havia sido campeão brasileiro e paraense e precisaria mudar de área se quisesse continuar jogando', conta. Foi então que Marcelo, com 15 anos, viajou para Minas Gerais para fazer um teste na peneira do Minas Tênis Clube. 'Foi um teste em agosto de 2006. Foram mil atletas concorrendo e eu fui o único a passar', orgulha-se Marcelo.
Com naturalidade, ele conta que o tempo passado no Minas abriu portas em sua carreira. 'Eu senti um pouco de dificuldade no começo, até porque o nível era bem mais alto, mas consegui me estabilizar. Foi importante a convivência com jogadores que fazem ou fizeram parte da seleção brasileira, como o Nalbert e o Samuel', disse Marcelo. Ainda neste ano, Marcelo migrou para o São Caetano. Lá, se deu bem, chegando às semifinais do Campeonato Brasileiro. Para manter o ritmo, a rotina é pesada. Em média, são seis horas de treinos diários, com uma única pausa aos domingos. E o vôlei ainda precisa ter o espaço dividido com as aulas.
A primeira convocação à seleção brasileira foi curiosa. Marcelo conta que saia de casa para um jogo válido pelo Brasileiro deste ano, quando recebeu um telefonema. 'Foi há uns quatro meses. Já estava saindo para a partida quando atendi ao telefone. Recebi a convocação e fiquei surpreso. Claro que isso me deu ainda mais ânimo para aquela partida', lembra.
fonte: O Liberal - edição 09/11/2008.

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