
Atleta do Ano, Batatinha deu 'selinho' na mãe, de tanta alegria. Maior premiação esportiva do Pará reforça papel da família.
Quinze atletas locais foram agraciados ontem à noite com o Troféu Romulo Maiorana, a maior premiação do esporte paraense, no teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. A principal vencedora da 14ª edição foi Jucileni da Paixão Moraes, a Batatinha, atleta da seleção brasileira de basquete em cadeiras de rodas, que venceu nas modalidades necessidades especias e como Atleta do Ano, pela qual recebeu o anel de ouro. A premiação coroou aquele que foi, provavelmente, o dia mais especial para ela, como atelta. Horas antes, Batatinha havia sido agraciada com o título de melhor jogadora da Copa do Mundo de basquete em cadeiras de rodas, disputada neste mês, na Inglaterra.
O meia Wellington Saci e a nadadora Daniela Guterres, do futebol e dos desportos aquáticos, respectivamente, foram os ausentes. O primeiro estava em campo na vitória do Corinthians sobre o São Caetano, pela Copa do Brasil, e a segunda está treinando no Fluminense.
A Federação Paraense de Handebol, presidida por Miguel Sampaio, foi premiada como a que mais se destacou ano passado e o mestre de caratê Yoshizo Machida, há 30 anos no Pará, como a personalidade esportiva. A solenidade foi marcada pela emoção dos premiados, dos familiares e dos organizadores. A mais emocionada, de longe, foi Batatinha.
A jogadora de basquete mal conseguia expressar a emoção que sentia pelo prêmio. 'É muito mais fácil jogar basquete do que encarar uma espera como essa. A ansiedade é muito grande', disse. Em seguida ela deixou um importante recado sobre a condição dos atletas paraenses e dos portadores de necessidades especias. 'As pessoas com deficiência têm que ser olhadas como normais, capazes de fazer tudo o que uma pessoa normal pode'.
Quando recebeu a premiação mais importante da noite, Batatinha fez questão de primeiro abraçar a mãe Raimunda e a irmã Luciléia. 'É uma emoção única. Confesso que não esperava. Até comentava com meu namorado como seria bom se a Dinda (apelido de família de Batatinha) fosse premiada', dise a irmã. 'É demais para mim. Mal consigo expressar o que estou sentindo. Quero apenas abraçá-la novamente para podermos comemorar juntas', completou a mãe.
Róbson Caetano elogia esforço
Como bem lembrou Miguel Sampaio, presidente da Federação Paraense de Handebol, premiada ontem, escolher apenas um atleta é uma necessidade da premiação, mas todos os concorrentes poderiam ser considerados vencedores. O mestre de cerimônia, o ex-atleta olímpico e hoje comentarista de esporte da Rede Globo, Róbson Caetano, foi de opinião semelhante. 'Estive em quatro olimpíadas e fui o primeiro atleta sul-americano a particpar de finais de provas de velocidade (100 e 200 metros na Olimpíada de Seul, em 1988). Sei o quanto é árduo o caminho para se chegar longe. Todos aqui estão de parabéns', destacou.
O mestre Yoshizo Machida, Personalidade do Esportiva, fez questão de ressaltar que seu maior feito foi moldar atletas e personalidades nas três décadas como professor, em especial os seus filhos. 'Eu não fiz nada. O que fiz são esses meninos aqui (apontando para os filhos). Agradeço a Deus por eles'.
Cristiane Gomes, vencedora pelo handebol, recebeu o troféu com a perna direita abaixo do joelho imobilizada por causa de uma lesão. Ela agradeceu o apoio de todos e lembrou das agruras que passam os atletas em seu dia-a-dia. 'Quero agradecer aos meus pais, que têm me ajudado bastante nesses momentos tão difíceis que, infelizmente, acontecem na vida dos atletas. Mas é também nas dificuldades que a gente aprende e cresce como pessoa'.
Com exceção dos futebolistas, que são profisionais, todos os demais agraciados receberão uma bolsa de incentivo com duração de um ano, até o mês de maio do ano que vem.
Quinze atletas locais foram agraciados ontem à noite com o Troféu Romulo Maiorana, a maior premiação do esporte paraense, no teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. A principal vencedora da 14ª edição foi Jucileni da Paixão Moraes, a Batatinha, atleta da seleção brasileira de basquete em cadeiras de rodas, que venceu nas modalidades necessidades especias e como Atleta do Ano, pela qual recebeu o anel de ouro. A premiação coroou aquele que foi, provavelmente, o dia mais especial para ela, como atelta. Horas antes, Batatinha havia sido agraciada com o título de melhor jogadora da Copa do Mundo de basquete em cadeiras de rodas, disputada neste mês, na Inglaterra.
O meia Wellington Saci e a nadadora Daniela Guterres, do futebol e dos desportos aquáticos, respectivamente, foram os ausentes. O primeiro estava em campo na vitória do Corinthians sobre o São Caetano, pela Copa do Brasil, e a segunda está treinando no Fluminense.
A Federação Paraense de Handebol, presidida por Miguel Sampaio, foi premiada como a que mais se destacou ano passado e o mestre de caratê Yoshizo Machida, há 30 anos no Pará, como a personalidade esportiva. A solenidade foi marcada pela emoção dos premiados, dos familiares e dos organizadores. A mais emocionada, de longe, foi Batatinha.
A jogadora de basquete mal conseguia expressar a emoção que sentia pelo prêmio. 'É muito mais fácil jogar basquete do que encarar uma espera como essa. A ansiedade é muito grande', disse. Em seguida ela deixou um importante recado sobre a condição dos atletas paraenses e dos portadores de necessidades especias. 'As pessoas com deficiência têm que ser olhadas como normais, capazes de fazer tudo o que uma pessoa normal pode'.
Quando recebeu a premiação mais importante da noite, Batatinha fez questão de primeiro abraçar a mãe Raimunda e a irmã Luciléia. 'É uma emoção única. Confesso que não esperava. Até comentava com meu namorado como seria bom se a Dinda (apelido de família de Batatinha) fosse premiada', dise a irmã. 'É demais para mim. Mal consigo expressar o que estou sentindo. Quero apenas abraçá-la novamente para podermos comemorar juntas', completou a mãe.
Róbson Caetano elogia esforço
Como bem lembrou Miguel Sampaio, presidente da Federação Paraense de Handebol, premiada ontem, escolher apenas um atleta é uma necessidade da premiação, mas todos os concorrentes poderiam ser considerados vencedores. O mestre de cerimônia, o ex-atleta olímpico e hoje comentarista de esporte da Rede Globo, Róbson Caetano, foi de opinião semelhante. 'Estive em quatro olimpíadas e fui o primeiro atleta sul-americano a particpar de finais de provas de velocidade (100 e 200 metros na Olimpíada de Seul, em 1988). Sei o quanto é árduo o caminho para se chegar longe. Todos aqui estão de parabéns', destacou.
O mestre Yoshizo Machida, Personalidade do Esportiva, fez questão de ressaltar que seu maior feito foi moldar atletas e personalidades nas três décadas como professor, em especial os seus filhos. 'Eu não fiz nada. O que fiz são esses meninos aqui (apontando para os filhos). Agradeço a Deus por eles'.
Cristiane Gomes, vencedora pelo handebol, recebeu o troféu com a perna direita abaixo do joelho imobilizada por causa de uma lesão. Ela agradeceu o apoio de todos e lembrou das agruras que passam os atletas em seu dia-a-dia. 'Quero agradecer aos meus pais, que têm me ajudado bastante nesses momentos tão difíceis que, infelizmente, acontecem na vida dos atletas. Mas é também nas dificuldades que a gente aprende e cresce como pessoa'.
Com exceção dos futebolistas, que são profisionais, todos os demais agraciados receberão uma bolsa de incentivo com duração de um ano, até o mês de maio do ano que vem.
Fonte: O Liberal - Edição de 14/05/2008
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