quarta-feira, 23 de abril de 2008

Reginaldo é a bola da vez na Tuna Luso








Lucena Reginaldo


Reginaldo Mesquita, ex-técnico do sub-20, assume o comando técnico da Tuna
Com apenas um ponto ganho no segundo turno e nove na classificação geral, penúltima colocada em toda a competição, a Tuna é uma das equipes candidatas a descer para a primeira fase do Parazão do ano que vem. Ao perder o quase 'eterno' técnico Carlos Lucena depois de mais uma derrota, 5 a 2 para o Pedreira em pleno estádio do Souza, o time afundou-se mais ainda na crise que ronda o clube há tempos. Se nos dois últimos anos o time fez boas campanhas na competição estadual e, principalmente, na Série C do Campeonato Brasileiro, dessa vez a situação parece não ter saída.
Sem dinheiro e nenhuma expectativa de receita, o elenco padece com quatro meses de salários atrasados e vive da dependência das divisões de base e de jogadores que, anteriormente, eram dados já em fim de carreira. Após um começo promisor no Parazão, a equipe amarga um jejum de sete rodadas sem vencer, sendo que em cinco oportunidades sequer balançou as redes adversárias. Com onze gols marcados, o ataque da Águia é pior que o do São Raimundo, o lanterna da competição.
Reginaldo Mesquita, 58 anos, foi um jogador privilegiado, afinal, foi goleiro dos três grandes paraenses, Remo, Paysandu e Tuna com muito sucesso. Sempre foi arrojado, sobretudo decidido, por causa disso não pipocou quando recebeu convite do presidente Marcos Moraes para assumir o cargo de treinador do time profissional deixado por Lucena, depois da goleada de 5 a 2 diante do Pedreira.
Ontem Reginaldo Mesquita foi apresentado ao elenco pelo presidente Marcos Moraes. Emoção para o ex-goleiro que sentiu uma forte indisposição alterando sua pressão, mas logo controlada. À tarde, já no batente, Reginaldo Mesquita comandou treino com bola. Antes teve uma conversa com todos jogadores. Um papo de quem conhece a fundo os macetes do futebol. E logo foi atacando, cobrando atitude dos jogadores como únicos responsáveis para tirar a Tuna da letargia do campeonato paraense. ‘’Não acredito em corpo mole. Todo homem tem sua atitude e os jogadores daqui devem saber mostrar seu valor diante do público. Só eles com trabalho, força de vontade, podem fazer a Tuna ser grande novamente. Vamos conseguir devargazinho. Estou aqui para motivar, encorajar o grupo a pensar grande daqui para frente, pois pior não pode ficar’’, disse.
O risco de participar da primeira fase da competição do ano que vem é muito grande. Cinco equipes serão 'rebaixadas', de acordo com a classificação geral.
Logo após a goleada sofrida para o Pedreira, partida que abandonou antes mesmo do apito final e do último gol do time de Mosqueiro, Carlos Lucena afirmava que seu futuro na Lusa havia terminado. Curiosamente, a maioria das perguntas ao treinador eram quanto ao destino do Gigantes do Norte, time organizado por ele e composto por anões, que faz exibições pelo interior do estado e virou notícia mundial. A preocupação com a equipe, que atualmente cobra cachê igual ao de Paysandu e Remo para amistosos, é sintomática da situação cruzmaltina.
Lucena deixou claro que nem o Gigantes do Norte terão mais o seu comando. 'O time de anões é da Tuna e não ficaria bem eu vir aqui para treiná-lo', comentou. O técnico nunca escondeu que teve convites para comandar outros clubes no começo da temporada. Resta saber se eles ainda estão de pé.
Fonte: O Liberal - Edição de 22/04/2008 e Amazônia Hoje Edição de 23/04/2008.

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