segunda-feira, 31 de março de 2008

REGATA FICA SEM O REMO.










Com barcos deteriorados e poucos atletas,
Cube do Remo não disputou provas ontem.

A ausência do Clube do Remo na competição foi um dos assuntos mais comentados pelos simpatizantes do esporte que estiveram na Estação das Docas, ontem. Mesmo quem não torce pelo Leão lamentou o fato do clube estar de fora.
Ausente da prova de ontem, a primeira do Campeonato Paraense de Remo de 2008, o Clube do Remo deverá disputar a competição na segunda prova, prevista para o dia 11 de maio. Mas, os azulinos não tomarão parte das onze modalidades, como vinha acontecendo até o ano passado. O clube estará, segundo Carlos Valério, 63 anos, colaborador azulino, no máximo em três provas. 'Não temos atletas e nem barcos em condições para isso', justifica. O Remo, de acordo com Valério, conta com um total de 15 barcos, mas apenas quatro deles estão em condições.
Para voltar a competir, o departamento de Remo precisaria contar, segundo Valério, com uma verba de, no mínimo, R$ 5 mil/mês. O dinheiro foi solicitado ao presidente Raimundo Ribeiro: 'A resposta que tivemos foi de que o clube não dispõe desse valor', conta Valério.

REGATA - A agitação das águas da baía do Guajará, ontem pela manhã, não permitiram que as provas da primeira regata da temporada fossem concluídas. Dois páreos - o 4x100 sub-23 e o 4xSkiff -, que será corrido apenas pelo Paysandu, acontecem hoje pela manhã, no mesmo local, com a chegada ocorrendo na Estação das Docas, como ontem. Apesar de não ter chegado ao seu final, a regata já tem como vencedora a Tuna Luso, que obteve, ontem, seis primeiros lugares e um segundo, somando seis pontos. O Paysandu obteve apenas duas vitórias, com o somatório de dois pontos, podendo chegar a no máximo cinco, um a menos que a Lusa.
A Lusa faturou os seguintes primeiros lugares:
2x100 peso leve, Skiff Principiantes, Double Feminino, Dois Com Master C, Skiff Sênior e Double sub-23. Os cruzmaltinos obtiveram a segunda colocação na prova 4 Com Principantes. O Paysandu ficou com as primeiras colocações nas provas de 4 Com Principiantes e 2x100 Master B.

Fonte: Amazônia Hoje - Edição de 31/03/2008

REMO do PARÁ vive a PIOR crise da história

Até o clube que tem a modalidade no nome não vai participar do Estadual neste ano.
No início do Campeonato Paraense de remo, na raia da Estação das Docas, as perspectivas não são as melhores. Segundo o presidente da Fepar, Altair Bezerra, a modalidade está há 10 anos sem receber apoio. Um exemplo claro disso é o fato de que, nesta regata inicial, apenas dois participarão das 11 provas: Paysandu e Tuna Luso. A grande surpresa fica por conta da ausência do Clube do Remo.
É difícil arranjar receita para a manutenção das embarcações, suporte de atletas e pagamento de treinadores. Um café da manhã para uma equipe de 20 atletas, em média, não sai por menos de R$ 300. Nem a ajuda de custo, por exemplo, com a distribuição de vale-transporte aos atletas. É comum que ex-atletas tirem dinheiro do próprio bolso para tentar dar um fôlego extra aos clubes. As pessoas que, por amor à modalidade, resolvem investir do seu bolso, além de não obterem o retorno financeiro esperado, não ganham o reconhecimento das diretorias. Acabam por sair pela porta dos fundos.
A modalidade exige disciplina de seus praticantes. Os treinos são iniciados às 5 da manhã e só terminam às 8 horas. Com o crescente número de assaltos na cidade, o risco de um atleta que usa a bicicleta para chegar no treinameto aumentou muito de alguns anos pra cá.
O remo já foi considerado como esporte elitista e contou com grande número de adeptos. Antigamente, as torcidas reuniam-se para torcer por seus clubes em regatas. A marca da popularidade do esporte pode ser comprovada no nome dos clubes. No caso do Rio de Janeiro, três das grandes equipes trazem até hoje em seus nomes a descendência pelo esporte aquático: Botafogo de Futebol e Regatas, Clube de Regatas do Flamengo e o Clube de Regatas Vasco da Gama.
Para tentar resgatar a tradição das regatas no Pará, Altair Bezerra cobra das autoridades um incentivo maior à modalidade. Altair explica que os atletas que alcançam os melhores resultados nas competições têm seus nomes enviados à Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) para que sejam inclusos na lista de programas de incentivo, como o antigo Fábrica de Ídolos. 'Esperamos que o novo projeto, o Bolsa Talento, seja implementado logo'.
Equipes correm atrás de apoio governamental
Uma possível saída para a captação de recursos para auxílio a atletas e clubes de remo está na Lei Municipal Tó Teixeira e Guilherme Paraense. Trata-se de um acordo feito entre Prefeitura de Belém e empresariado paraense, que prevê a isenção de 20% do valor que seria pago em impostos como IPTU e ISS para os cofres públicos, destinando, assim, uma parte da renda para fortalecer a cultura e o esporte amador. No caso do esporte, o incentivo pode viabilizar a aquisição de material esportivo, compra de equipamentos, viagens para a disputa de competições, entre outros.
José Wildemar de Assis, o Lindão, técnico da Tuna, conseguiu ter seu projeto aprovado pela Prefeitura e agora corre atrás de um patrocinador que esteja disposto a vincular seu nome ao clube. 'O empresariado ainda demonstra um receio na hora de firmar o acordo, por não ter certeza do retorno que terá. Desde 2000, quando a lei foi criada, tento aprovar um projeto e agora consegui, a nova meta é conciliar o nosso interesse com o do patrociandor', explica.
Pelo Paysandu, o resultado está prestes a aparecer, já que três projetos foram aprovados.

Fonte: O Liberal - Edição de 30/03/2008

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